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Hospitais de Porto Alegre superam 100% de ocupação pela 1ª vez na pandemia

Uma das unidades chegou a 115% da lotação. A diretora-presidente do Clínicas admite que o hospital já está tendo que escolher quais pacientes devem ir para a UTI.
Sputnik

Todos os leitos de UTI estão ocupados em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Os hospitais da cidade atingiram, neste sábado (27), pela primeira vez desde o início da pandemia, o máximo de sua capacidade para atendimento de pacientes com COVID-19, conforme publicado pelo portal G1.

A ocupação chegou a bater 102,67% durante a tarde e recuou para 101,2% à noite.

Entre os hospitais que recebem pacientes infectados com coronavírus, o Moinhos de Vento registrou a maior lotação: 115%. Já a Santa Casa bateu 102%. Até a noite, o Clínicas tinha 96,32% e o Conceição, 97,33%.

"Tem sido um cenário que antes não era necessário escolher, fazer uma definição de perfil de risco e oferecer a melhor capacidade tecnológica e de equipe para os pacientes que têm mais chance de sobreviver versus os que têm menos chances de sobreviver. O que que quero dizer com isso: se escolhe os pacientes que a gente acaba de receber para colocar na UTI do hospital. Isso é um drama que nenhum médico gostaria de enfrentar na vida e isto estamos enfrentando nos últimos 15 dias", afirmou a diretora-presidente do Clínicas, Nadine Clausell, de acordo com o G1.

Além dos hospitais, as UPAs da capital do Rio Grande do Sul também estão superlotadas.

No Postão da Cruzeiro, oito pessoas em estado grave aguardavam transferência para um leito de UTI até a tarde de sábado, também segundo informações do G1. A lotação no local supera em três vezes a capacidade de atendimento.

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