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Em defesa da cloroquina, médicos publicam manifesto nos maiores jornais do Brasil

Nesta terça-feira (23), os principais jornais do Brasil publicaram um anúncio de meia página escrito por diversos médicos favoráveis ao uso de cloroquina e tratamento precoce no combate à COVID-19.
Sputnik

Uma das principais bandeiras do bolsonarismo ao longo da pandemia do coronavírus, o tratamento precoce, que é clinicamente comprovado como ineficaz pela Organização Mundial da Saúde (OMS), estampou as páginas dos principais veículos de comunicação impressa no Brasil.

Veículos tradicionais, como O Globo e a Folha de São Paulo, publicaram anúncios de meia página de um manifesto assinado por médicos defendendo o que chamam de uma "correta combinação de medicamentos, como a hidroxicloroquina, a invermecticina, e a bromaxina".

A publicação causou espanto e a discussão foi parar nas redes sociais.

​"Manifestamo-nos a favor da intervenção precoce no tratamento da COVID-19", diz o texto. Em outro paragrafo, o documento faz um apelo "à sociedade brasileira, aos colegas médicos, aos órgãos de imprensa, aos Conselhos Regionais de Medicina e ao Conselho Federal de Medicina", pela aplicação do que eles chamam da "correta combinação de medicamentos".

O anúncio foi assinado pela Associação Médicos pela Vida, com sede em Recife (PE). Além de divulgar ao final uma "jornada médica on-line" sobre o tema, o anúncio também cita o Conselho Federal de Medicina para justificar a defesa do uso de medicamentos sem eficácia comprovada.

A situação também provocou debates porque os principais veículos de comunicação do país atuam conjuntamente desde o ano passado para combater a desinformação sobre a pandemia.

Além de, a partir de junho, atualizarem os dados de disseminação do coronavírus em uma parceria independente do governo federal, o consórcio, desde o início de 2021, veicula uma campanha de conscientização sobre a vacinação.

Além da Folha e do O Globo, fazem parte do consórcio o Extra e o G1, que são do Grupo Globo, o UOL, que é do grupo Folha, e o Estado de São Paulo.

Em defesa da cloroquina, médicos publicam manifesto nos maiores jornais do Brasil

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