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Brasil quer Força Nacional para bloquear entrada de estrangeiros pelo Acre

Segundo decisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, publicada nesta quinta-feira (18), está autorizado o emprego da Força Nacional no Acre.
Sputnik

A delicada questão envolvendo a COVID-19, o estado do Acre e centenas de imigrantes haitianos na região ganhou um novo capítulo. 

A Força Nacional do Brasil foi convocada hoje (18) para auxiliar "nas atividades de bloqueio excepcional e temporário de entrada de estrangeiros no país, em caráter episódico e planejado". A medida é válida até 18 de abril.

A autorização acontece em meio ao drama na cidade acreana de Assis Brasil. Por lá, imigrantes, em sua maioria haitianos, tentam chegar ao Peru, cujas fronteiras estão fechadas por causa da pandemia do novo coronavírus, escreve o portal G1.

Segundo o prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, existem 270 imigrantes nos abrigos e mais de 150 acampados na ponte, além dos que estão nas ruas da cidade.

Brasil quer Força Nacional para bloquear entrada de estrangeiros pelo Acre
"É muita gente na cidade e os imigrantes não usam máscara. O governo vai ajudar na testagem, mas o problema não é a quantidade de testes, porque estamos com dois abrigos, mas não temos mais espaço físico", disse.

Assis Brasil é a cidade com a maior taxa de contaminação da COVID-19 no Acre. São 1.376 casos para cada 10 mil habitantes na cidade. Em todo o município, há 1.037 casos confirmados e 12 mortos.

O drama dos imigrantes em Assis Brasil

No domingo (14), um grupo de imigrantes que chegou a ter cerca de 400 pessoas deixou os abrigos que ocupavam em Assis Brasil e se concentrou na Ponte da Integração, na fronteira com o Peru.

​Os imigrantes tentavam deixar o país, mas foram barrados pelas autoridades peruanas. Na terça-feira (16), os imigrantes enfrentaram a polícia peruana novamente ao invadirem a cidade de Iñapari, no lado peruano da fronteira.

Depois de confronto, o grupo foi reunido pelos policiais peruanos e mandado de volta para Assis Brasil. Parte do coletivo aceitou voltar aos abrigos cedidos pela prefeitura, porém alguns imigrantes seguem ocupando a Ponte da Integração.

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