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'No mundo todo não tem vacina': Bolsonaro defende ritmo de imunização no Brasil

O presidente Jair Bolsonaro minimizou nesta segunda-feira (15) as críticas que o governo vem sofrendo pelo ritmo da vacinação contra a COVID-19 no país.
Sputnik

Segundo ele, em números absolutos o Brasil é um dos países do mundo com maior número de pessoas vacinadas. O presidente disse ainda que a falta de imunizantes é um problema global. 

"Não tem vacina, no mundo todo não tem vacina. Não é nós, é o mundo todo", disse Bolsonaro, segundo o jornal Folha de S.Paulo, após passeio de moto em São Francisco do Sul (SC), onde está passando o feriado de Carnaval.

O ritmo da aplicação de doses de imunizantes contra o coronavírus vem sendo criticado por especialistas. Caso mantenha o ritmo atual, o Brasil só conseguiria vacinar 70% da população em 2024. 

Embora o programa nacional de imunização do país seja considerado um dos melhores do mundo, o Brasil só deve acelerar o processo quando as vacinas começarem a ser produzidas em massa dentro do território nacional. 

A fabricação no Brasil atrasou em função da demora da chegada dos insumos necessários para a produção da CoronaVac, no Instituto Butantan, em São Paulo, e da vacina de Oxford, na Fiocruz, no Rio de Janeiro. 

'Cheque de R$ 20 bilhões' para vacina

Bolsonaro disse ainda que tem um "cheque de R$ 20 bilhões" para comprar vacinas contra a COVID-19. 

"Eu sempre falei: uma vez a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] liberando, eu compraria. Tanto é que eu tenho, entre aspas, um cheque de R$ 20 bilhões para comprar vacina, a medida provisória que eu assinei agora, em dezembro do ano passado", afirmou. 

O presidente disse ainda que o governo não está "desestimulando" a vacinação no Brasil, embora tenha ressaltado que, na sua opinião, a imunização deveria ser opcional. 

"Tem estados americanos que pararam de fazer a vacina, é isso mesmo? Califórnia parou obviamente por que não tem, né? Ninguém tá negando a vacina e desestimulando. E pra mim, no que depender de mim, ela é opcional, não obrigatória", disse.

'Sem estar prescrito em bula'

Além disso, o presidente defendeu mais uma vez que médicos possam receitar remédios que não tenham indicação científica comprovada contra a COVID-19. 

"Agora, os médicos devem ter o direito, sem pressão de ninguém, de exercer aquela, a sua liberdade de receitar algo para uma doença, no caso, sem estar prescrito em bula. Porque é ainda uma doença que não tem remédio definido para tal", disse. 

2,5% da população

O número de pessoas que receberam a primeira dose de vacina contra o coronavírus no Brasil é de 5.285.981, segundo levantamento feito por consórcio de imprensa para acompanhar a imunização no país. 

O número representa 2,5% da população brasileira. A segunda dose já foi aplicada em 256.813 pessoas, o que representa apenas 0,12% da população brasileira. 

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