Dinamarca investe mais na vigilância do Ártico para conter fortalecimento da Rússia

Copenhague deverá aumentar ainda mais as suas despesas militares na região do Ártico após ter anunciado um investimento de US$ 250 milhões (R$ 1,342 bilhão) em capacidades de vigilância na Groenlândia – região autônoma da Dinamarca – e nas ilhas Faroé.
Sputnik

A ministra da Defesa da Dinamarca, Trine Bramsen, disse ao Financial Times que o recente anúncio da compra de dois drones de vigilância para a utilização na Groenlândia e da reativação de uma estação de radar dos tempos da Guerra Fria nas ilhas Faroé foi "um passo".

"Se a situação da segurança continuar evoluindo como a vemos agora, então vamos dar mais passos no futuro em termos de capacidades. Agora vamos ter um quadro muito melhor sobre o que está acontecendo, especialmente no mar", declarou Bramsen.

A vasta região do Ártico tem estado na mira de potências mundiais como Rússia, China e EUA, por enxergarem abundância de recursos naturais e importante posicionamento estratégico, escreve o jornal.

"Nós vemos o setor militar russo se fortalecendo e realizando mais atividades no Ártico. Por isso é importante ter mais capacidades no Ártico. Não se trata de escalada de conflitos. Trata-se do risco que vemos no futuro se não tivermos as capacidades, se não virmos o que está acontecendo", ressaltou a ministra dinamarquesa.

Porém, Oivind Gunnerud, comandante da 132ª Ala da Base Aérea de Orland, Noruega, confirmou que, neste mês de fevereiro, bombardeiros estratégicos dos EUA B-1B Lancer serão implantados pela primeira vez em uma base aérea norueguesa.

Dinamarca investe mais na vigilância do Ártico para conter fortalecimento da Rússia

Além disso, em outubro do ano passado, mídia estatal da Noruega relatou a potencial abertura da antiga base da Marinha Real da Noruega em Olavsvern construída debaixo de uma montanha para abrigar submarinos dos EUA. Segundo a emissora norueguesa, oficiais militares americanos visitaram a base naval várias vezes.

Vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, declarou que os países-membros da OTAN, incluindo os EUA, usam vários métodos para tentar limitar as atividades russas no Ártico.

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