COVID-19: chanceler do Peru renuncia após furar fila de vacinação

Elizabeth Astete, de 68 anos, ministra das Relações Exteriores do Peru, pediu renúncia do cargo ao presidente Francisco Sagasti, após ter furado a fila de vacinação nacional contra COVID-19.
Sputnik

A chanceler peruana explicou ter decidido furar a fila por ter entrado em contato com pessoas que teriam testado positivo para o coronavírus entre dezembro e janeiro, tendo, assim, recebido a primeira dose da vacina da Sinopharm em 22 de janeiro.

"Influenciou em minha decisão o fato de entre 8 e 26 de janeiro eu ter feito dois testes moleculares, um teste sorológico e um teste de antígenos para comprovar se estava ou não infectada devido ao contato que tive por razões de trabalho com distintas pessoas que haviam testado positivo para COVID-19. A isto foram agregadas a necessidade que eu tinha de viajar a Tumbes para cumprir minha responsabilidade de representante da dita região no Conselho de Ministros e as limitações que tenho por ser uma pessoa [do grupo] de risco, por ter 68 anos", escreveu Astete em sua carta de renúncia, apresentada no sábado (13) e postada no Twitter um dia mais tarde.

Mesmo tentando justificar sua ação, a chanceler peruana não foi vista com bons olhos pela população do Peru, o que a fez decidir não receber a segunda dose da vacina chinesa.

Astete não é a primeira ministra peruana a se demitir por furar a fila da vacinação contra a COVID-19. No sábado (13), o presidente peruano Sagasti também aceitou a carta de renúncia da ministra da Saúde do Peru, Pilar Mazzetti.

Por sua vez, o presidente peruano recebeu a primeira dose somente na semana passada, após a nação sul-americana ter recebido o primeiro lote da vacina da Sinopharm de cerca de 300 mil doses, em 7 de fevereiro.

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