A vacina desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford e administrada em duas doses tem sido elogiada como "a vacina do mundo" porque é mais barata e mais fácil de distribuir que outros imunizantes de laboratórios concorrentes.
No entanto, sua rápida aprovação na Europa e em outras partes do mundo, como o Brasil, gerou uma série de dúvidas sobre a posologia mais efetiva e o intervalo indicado entre as injeções.
Um estudo publicado na última segunda-feira (8) mostrou que a vacina da AstraZeneca é menos efetiva contra a variante do vírus SARS-CoV-2 detectado na África do Sul, que se está se espalhando com velocidade. Além disso, a companhia enfrenta uma disputa com a União Europeia pela demora no fornecimento das doses.
"Ela é perfeita? Não é perfeita, mas é genial. Quem mais está fabricando 100 milhões de doses em fevereiro?", preguntou o presidente-executivo, Pascal Soriot, em uma coletiva de imprensa sobre a vacina, citado pela agência Reuters.
"Vamos salvar centenas de milhares de vidas e essa é a razão pela qual trabalhamos todos os dias", acrescentou o dirigente da farmacêutica.
A AstraZeneca assinalou que espera receber os dados de ensaios clínicos de sua vacina nos Estados Unidos antes do fim de março e que está confiante de que o imunizante pode oferecer uma proteção relativamente boa contra sintomas graves da COVID-19 no caso da variante sul-africana. Além disso, a farmacêutica anunciou que espera aumentar sua produção mensal de doses para 200 milhões em abril.