Microsoft bane doações a republicanos que contestam vitória de Biden para 'promover a democracia'

Microsoft disse que seu comitê de ação política vai barrar todas as doações para legisladores republicanos que recusaram certificar a vitória eleitoral de Joe Biden, anunciando uma mudança de foco para "promoção da democracia".
Sputnik

A gigante tecnológica informou na sexta-feira (5) que alteraria a mudança de política introduzida no mês passado, que congelava todas as contribuições políticas, mas mantendo a proibição para os céticos eleitorais do Partido Republicano, bem como para as organizações afiliadas que ecoam as alegações de fraude eleitoral generalizada, pelo menos até 2022.

"Vamos suspender contribuições para o período do ciclo eleitoral de 2022 para todos os membros do Congresso que votaram objeções contra a certificação dos eleitores", disse Fred Humphries, vice-presidente corporativo da empresa para assuntos do governo dos EUA, à "comunidade PAC" da Microsoft.

A Microsoft juntou-se a um movimento de gigantes corporativos para impedir doações para o mesmo grupo de legisladores republicanos na esteira do motim de 6 de janeiro no Capitólio.

Entre as empresas que fecharam a torneira do dinheiro encontram-se instituições financeiras como Citibank, Goldman Sachs, JPMorgan Chase, State Street Corporation, Commerce Bank e Mastercard. Outras empresas, como a Amazon, Marriott, Nike, Blue Cross Blue Shield Association, AT&T e Google, também se juntaram à onda.

Além da suspensão em curso das doações monetárias, a Microsoft também observou que criaria um novo projeto denominado "Democracy Forward Initiative" (Iniciativa Promover a Democracia), que investirá no "trabalho que abordará as questões e políticas que são importantes para a preservação e promoção da democracia". Embora a gigante tecnológica ainda tenha dado poucos detalhes sobre o que isso pode envolver, confirmou que buscaria "transparência pública, reforma do financiamento de campanhas e direitos de voto".

Como parte de sua nova reforma progressiva, a Microsoft espera alcançar "outras empresas e organizações que desejam fortalecer a democracia", sugerindo que uniria forças com outras corporações para implementar sua visão "democrática" – que, aparentemente, não tem lugar para os 147 legisladores republicanos que questionaram o resultado da eleição de novembro.
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