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MP vê indícios de superfaturamento em compra de leite condensado pelo governo Bolsonaro, diz mídia

O Ministério Público (MP) fez uma representação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que sejam apuradas "supostas irregularidades" no caso da compra de R$ 15 milhões em leite condensado pelo governo federal.
Sputnik

Conforme publicou na quarta-feira (27) o jornal O Globo, o subprocurador-geral do MP, Lucas Furtado, disse no documento enviado ao TCU que os gastos são uma afronta ao "princípio da moralidade administrativa". Além dos gastos com leite condensado, Furtado chama atenção para despesas milionárias com pizza, refrigerante e chiclete.

"Ao se analisar os preços unitários de alguns alimentos, notam-se claros indícios de pagamentos em valores acima do mercado a configurar superfaturamento dos gastos do governo", disse o subprocurador no documento, conforme aponta o jornal.

O MP cita no documento notícias que apontam compras destinadas ao Exército brasileiro e afirma que o "banquete" em tempos de pandemia é um "descaso com o povo brasileiro". Na quarta-feira (27) o presidente brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido) demonstrou incômodo com as acusações e atacou a imprensa com palavrões ao comentar o assunto.

MP vê indícios de superfaturamento em compra de leite condensado pelo governo Bolsonaro, diz mídia

Em nota, o Ministério da Defesa negou as acusações de superfaturamento e justificou a compra dos itens, ressaltando que as compras são para a alimentação de 370 mil militares.

"O leite condensado é um dos itens que compõe a alimentação por seu potencial energético. Eventualmente, pode ser usado em substituição ao leite. Ressalta-se que a conservação do produto é superior à do leite fresco", disse a Defesa em nota, ainda segundo o jornal.

A nota também aponta que o chiclete seria usado para higiene bucal "na impossibilidade de escovação apropriada" e para "aliviar as variações de pressão durante a atividade aérea".

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