'Olho-por-olho': tentativa republicana de impeachment contra Biden não vai dar em nada, diz analista

Após o pedido republicano de impeachment contra novo presidente dos EUA, o analista político e colunista do site conservador Newsmax Michael Shannon comentou as consequências potenciais do gesto em entrevista à Sputnik.
Sputnik

Nesta quinta-feira (21), a republicana do estado da Geórgia Marjorie Taylor Greene apresentou um pedido do impeachment contra Joe Biden, logo após ele ter assumido o cargo de presidente norte-americano. Greene acusa Biden de abuso de poder e corrupção por ele alegadamente deixar seu filho Hunter realizar operações de negócios ilegais.

O analista político Michael Shannon acredita que a medida "olho-por-olho" tomada pela republicana não possui nenhuma chance em uma Câmara dos Representantes dos EUA que está sob controle dos democratas.

"Primeiramente, em uma Câmara controlada pelos democratas seu pedido não levará a lugar nenhum. E, além disso, os líderes da Câmara – líderes republicanos na Câmara – também continuam criticando-a. Uma coisa interessante sobre este impeachment é que este é sobretudo um olho-por-olho", considerou o analista se referindo ao pedido de destituição de Trump pela democrata Nancy Pelosi após a invasão do Capitólio por trumpistas em 6 de janeiro de 2021.

Segundo o analista, a republicana atua desejando ampliar sua publicidade, e Shannon ressalta que "ela apresentou o pedido e foi ao Twitter anunciar isso".

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Além disso, Michael Shannon não descartou a possibilidade de novas acusações por parte dos republicanos, mas considerou que o establishment dos democratas vai defender o novo presidente contra ataques semelhantes, incluindo mídias, grandes doadores, grandes tecnológicas e a maior parte da indústria editorial, isto é, todos os que têm o ensino superior.

No que diz respeito às informações sobre a possibilidade de Donald Trump criar um novo partido político no país, o analista comentou que "o tempo de Trump sob o sol já acabou, e ele deve se retirar". Segundo ele, se um novo partido for criado, este deverá ser chefiado por um congressista ou alguém de fora da política, como Trump foi antes, mas sem Ivanka Trump, para não criar "um partido de dinastia".

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