'Imunidade sólida' pode só ser possível com 3 doses de vacina, diz instituto norueguês

Duração da imunidade das vacinas contra a COVID-19 permanece uma incógnita. Cerca de 40 mil noruegueses estão esperando pela segunda dose da vacina e o país nórdico não descarta ter de inocular a população três vezes.
Sputnik

O Instituto de Saúde Pública (FHI, na sigla em inglês) norueguês não descarta que quem já foi vacinado duas vezes contra o novo coronavírus precise tomar uma nova vacina antes do final do ano para manter a imunidade.

"Pode ser que tenhamos de dar uma espécie de 'vacina de reforço' depois de alguns meses. Mas não sabemos disso agora. Essa é uma situação para a qual estamos preparados. Os fabricantes de vacinas também estão preparados para isso caso seja necessário", afirmou disse o diretor de controle de infecção da FHI, Geir Bukholm, à emissora nacional NRK.

Isso se deve à incerteza sobre por quanto tempo a imunidade induzida pela vacina permanece em vigor, disse o FHI. Abordando a questão de se essa incerteza pode levar as pessoas a pularem a vacinação, Bukholm ressaltou que é imperativo tomar a vacina.

'Imunidade sólida' pode só ser possível com 3 doses de vacina, diz instituto norueguês
"Acreditamos que você está imune por um tempo. [Mas] há muito sobre essas vacinas que ainda não sabemos. E só teremos esse tipo de conhecimento à medida que as pessoas tomarem a vacina", explicou Bukholm.

A fabricante de medicamentos Moderna disse anteriormente que sua vacina permanece em vigor por cerca de um ano. Já o diretor do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya da Rússia, Aleksandr Gintsburg, garante que uma vacinação combinada da Sputnik V com a AstraZeneca vai gerar imunidade por dois anos.

Ainda assim, pode ocorrer de uma pessoa não atingir a imunidade total mesmo após a vacinação. Também é possível que algumas pessoas atinjam apenas um certo grau de imunidade, mas ainda possam infectar outras.

Mortes após vacinação

Na semana passada, a Agência Norueguesa de Medicamentos comunicou que 23 idosos de mais de 80 anos morreram após serem inoculados com a vacina das farmacêuticas Pfizer e BioNTech contra a COVID-19.

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Todos os 23 casos fatais foram registrados em conexão com a vacina, sendo que 13 já foram estudados. A vacinação contra o SARS-CoV-2 na Noruega com o imunizante das farmacêuticas referidas começou em 27 de dezembro de 2020.

Os primeiros vacinados foram idosos de um asilo na capital Oslo. Ao total, mais de 40 mil pessoas já foram vacinadas no país até o momento.

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