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Bolsonaro não deve mais barrar a Huawei no leilão do 5G no Brasil, diz reportagem

O vice-presidente Hamilton Mourão disse que toda empresa que comprovar respeito à soberania nacional e privacidade dos dados poderá participar do leilão. Segundo jornal, saída de Donald Trump tornou improvável banimento da chinesa.
Sputnik

O governo Jair Bolsonaro não deve barrar a Huawei do leilão do 5G do Brasil, escreve o jornal Estado de São Paulo. Segundo fontes citadas pela matéria, o banimento da empresa chinesa provocaria um custo bilionário com a troca dos equipamentos, e ficou ainda mais improvável com a saída do aliado Donald Trump da Casa Branca neste mês.

A publicação sustenta que o boicote não deve se concretizar, uma vez que um auxiliar do presidente disse que o discurso ideológico contra a empresa chinesa deve ser frustrado na prática. O ministro Qu Yuhui, da embaixada da China no Brasil, disse ao jornal que "as empresas chinesas já comprovaram confiabilidade, segurança e competitividade. Não existe nenhum problema para as empresas chinesas cumprirem os critérios".

Bolsonaro não deve mais barrar a Huawei no leilão do 5G no Brasil, diz reportagem

leilão de tecnologia 5G no Brasil está previsto para ser realizado no 1º semestre deste ano. A oferta atrai investidores de todo o mundo e ditará os rumos do mercado de comunicação, de trabalho e o setor de serviços. 

​Além de Internet até 100 vezes mais rápida, as redes de 5G usarão um espectro de rádio mais abrangente, permitindo que mais aparelhos móveis se conectem ao mesmo tempo com maior estabilidade que os atuais 4G, 3G e 2G. Haverá impacto positivo para diversos setores, desde logística à agricultura, passando pela indústria e pelo planejamento urbano.

A participação da Huawei na implantação de redes de 5G pelo mundo tem sido alvo de críticas e restrições encampadas, principalmente, pelo governo norte-americano.

As investidas de Donald Trump contra a Huawei

O site do programa da gestão de Donald Trump para proteção de dados, a Rede Limpa (Clean Network, em inglês), chama a Huawei de "braço da vigilância do Partido Comunista da China". A China entende que esta posição é "discriminatória".

Além dos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Suécia, entre outras nações, também decidiram banir a tecnologia chinesa. Entre os países abertos para o uso do 5G da Huawei está a Alemanha, a maior economia da Europa. Porém, diversos países, como Finlândia, França, Polônia, Romênia e Suécia, caminharam no sentido de implementar restrições à tecnologia.

​Até agora, a maior vitória do lobby dos EUA contra a Huawei na Europa, considerando o tamanho do mercado afetado, foi no Reino Unido. Vale lembrar que, no Brasil, a empresa chinesa é a fabricante da maior parte dos equipamentos usados pelas empresas que operam no segmento de telefonia.

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