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Brasil confirma caso de reinfecção por cepa 'amazônica' do novo coronavírus

O Ministério da Saúde do Brasil confirmou nesta sexta-feira (15) o caso de reinfecção pela nova variante do SARS-CoV-2 originada no estado do Amazonas e que havia sido identificado pela Fiocruz na terça-feira (12).
Sputnik

De acordo com o ministério, o caso confirmado é de uma mulher de 29 anos de Manaus, que havia sido diagnosticada com a COVID-19 pela primeira vez em março de 2020, e testou positivo novamente para o coronavírus no fim de dezembro, após a realização de um exame PT-PCR.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) analisou o caso e constatou que o vírus encontrado na mulher apresentava mutações compatíveis com a variante identificada pelo Ministério da Saúde do Japão no dia 10 de janeiro em quatro turistas que tinham recentemente visitado o Amazonas e retornado ao país asiático.

"A segunda análise realizada mostrou um padrão de mutações compatível com a variante do vírus SARS-CoV-2 identificada recentemente pelo Ministério da Saúde do Japão, mas de origem no Amazonas", detalhou o governo brasileiro, segundo o jornal O Estado de S.Paulo.

A Fiocruz alertou ao Ministério da Saúde na terça-feira (12) que havia identificado essa nova cepa em uma pessoa que já havia sido infectada anteriormente. De acordo com a pasta, este é o segundo caso de reinfecção provocado por uma nova cepa do SARS-CoV-2 no Brasil, depois que uma mulher foi diagnosticada na Bahia em outubro com a variante identificada na África do Sul.

"A informação foi compartilhada, como parte da rotina da vigilância epidemiológica, com a Organização Pan-Americana da Saúde [Opas/OMS] e com toda a Rede do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde [Cievs]. O Ministério da Saúde recomendou a estados, Distrito Federal e municípios o contínuo fortalecimento das atividades de controle da COVID-19, a ampliação do sequenciamento de rotina dos vírus SARS-CoV-2, a investigação de surtos e o rastreamento de contatos de todo caso de COVID-19", informou o ministério.

Os pesquisadores da Fiocruz, por sua vez, afirmaram na terça-feira (12) que a nova cepa que surgiu no Amazonas estaria relacionada com o crescimento de casos da doença no estado.

"A gente precisa suspeitar que essa variante seja também mais transmissível porque ela já carreia mutações que foram encontradas em outras variantes e que já foram associadas com maior transmissibilidade", disse Felipe Naveca, virologista e pesquisador da Fiocruz, à agência Reuters.

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