Astrônomos registram uma das maiores supererupções de todos os tempos em uma anã fria

Uma estrela anã superfria, localizada a 490 anos-luz do Sol, produziu uma das maiores supererupções já descobertas no Universo, segundo cientistas da China.
Sputnik

O Observatório Xinglong, perto de Pequim, China, registrou a erupção, chamada GWAC 181229A, por meio da Câmera de Grandes Ângulos no Solo (GWAC, na sigla em inglês). Ela atingiu seu auge em apenas um minuto, mas se prolongou por várias horas. A descoberta foi feita nos últimos dias de 2018, mas os resultados do estudo foram agora revelados.

A supererupção, com uma potência de 10^34 ergs, foi uma das maiores já registradas, algo extraordinário em uma estrela superfria. Em comparação, uma erupção típica tem uma energia de 10^30 ergs.

As anãs superfrias são pequenos corpos celestes com baixas temperaturas, que representam cerca de 15% das estrelas na vizinhança do Sistema Solar. Devido a "conservarem" uma temperatura geralmente cerca de metade da do Sol, têm uma vida teórica de centenas de bilhões de anos, irrompendo de vez em quando em explosões de radiação e plasma. Neste caso, o objeto tinha muito baixa luminosidade, informa o portal Science Alert.

Supererupções são explosões muito fortes que ocorrem em estrelas, com potências de até dez mil vezes as das erupções típicas do Sol.

O estudo publicado no portal de pré-impressão arXiv é uma oportunidade para entender a física das estrelas anãs superfrias, aponta a equipe.

"Está planejado que mais unidades GWAC entrem em operação nos próximos dois anos, com o objetivo de aumentar a taxa de detecção de erupções estelares de alta amplitude, monitorando mais de 5.000 graus quadrados simultaneamente", concluem os cientistas.

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