Relatório aponta que 42 jornalistas foram mortos em 2020 enquanto trabalhavam

Publicação anual da Federação Internacional dos Jornalistas disse também que 235 estão atualmente na prisão. Pelo quarta vez em cinco anos, México é o líder da estatística com 13 assassinatos.
Sputnik

Quarenta e dois jornalistas e trabalhadores da mídia foram mortos enquanto faziam seu trabalho este ano, de acordo com a publicação anual da Federação Internacional de Jornalistas (IFJ), informou a agência AP.

Pelo menos 235 estão atualmente na prisão em casos relacionados ao seu trabalho.

O número de mortes se mantém praticamente do mesmo nível de quando o sindicato global de jornalistas iniciou sua sombria contagem anual de mortes há 30 anos e faz parte de uma tendência recente de queda.

O comunicado também coincide com uma conferência on-line sobre liberdade de imprensa organizada pelo governo holandês e pela agência cultural das Nações Unidas, a UNESCO, que começou na quarta-feira (9).

"A diminuição dos assassinatos de jornalistas nos últimos anos não pode disfarçar o perigo mortal e as ameaças que os jornalistas continuam a enfrentar por fazer seu trabalho", disse o secretário-geral da IFJ, Anthony Bellanger.

Nas três décadas em que o IFJ tem mantido a contagem, 2.658 jornalistas foram mortos.

"Estas não são apenas estatísticas. Eles são nossos amigos e colegas que dedicaram suas vidas e pagaram o preço final por seu trabalho como jornalistas", disse Bellanger. "Não nos lembramos apenas deles, mas perseguiremos cada caso, pressionando os governos e as autoridades responsáveis pela aplicação da lei a levar seus assassinos à Justiça".

Pela quarta vez em cinco anos, o México encabeçou a lista de países de jornalistas assassinados em 2020 com 13 casos, seguido pelo Paquistão com cinco. Afeganistão, Índia, Iraque e Nigéria registraram três mortes cada um.

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