Itamaraty: Brasil e mais 15 países não reconhecem eleições legislativas na Venezuela

Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirma que eleições legislativas, realizadas em 6 de dezembro na Venezuela, não respeitaram "regras mínimas de um processo democrático".
Sputnik

A declaração da chancelaria brasileira veio por meio de uma nota destinada à imprensa e publicada hoje (7) no site do ministério das Relações Exteriores do Brasil.

De acordo com a nota, as eleições para cargos na Assembleia Nacional da Venezuela, foram organizadas "pelo regime ilegítimo de Nicolás Maduro" e "carecem de legalidade e legitimidade pois foram realizadas sem as garantias mínimas de um processo democrático, de liberdade, segurança e transparência, e sem integridade dos votos, participação de todas as forças políticas ou observação internacional".

Ainda segundo o Itamaraty, a visão sobre as eleições na Venezuela não seria exclusivamente brasileira, tendo em vista que Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Santa Lúcia também são signatários da declaração publicada pelo Brasil.

Da mesma forma, a nota estimula que tanto venezuelanos quanto a comunidade internacional deveriam se opor às "eleições fraudulentas", assim como, em particular, os atores de toda a Venezuela, deveriam "colocar os interesses do país acima de tudo" para se realizar "um processo de transição, definido e impulsionado pelos venezuelanos".

Eleições com baixa participação

Segundo dados do Conselho Nacional eleitoral (CNE), a coalizão de partidos que apoia o presidente Nicolás Maduro, o Grande Polo Patriótico (GPP), obteve 67,6% dos votos no pleito, em contraste com os 17,95% da Ação Democrática (AD), uma aliança da oposição.

Apesar da confortável vitória da coalizão pró-governo, somente 31% dos eleitores participaram das eleições legislativas.

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