Rússia enviará observadores às eleições parlamentares da Venezuela

A Rússia planeja enviar um grupo de observadores para as eleições da Assembleia Nacional da Venezuela, marcadas para 6 de dezembro.
Sputnik

De acordo com informações divulgadas pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, "a Rússia envia um grupo de observadores para monitorar essas eleições. Tenho certeza que haverá observadores de outros países e que sua participação no monitoramento permitirá apresentar uma imagem objetiva [do processo eleitoral] para a comunidade mundial", afirmou.

"A Rússia espera que os países ocidentais não tentem avaliar de maneira tendenciosa as próximas eleições parlamentares na Venezuela", acrescentou Lavrov.

O anúncio de Lavrov, feito nesta segunda-feira (1º), acontece no mesmo dia em que o governo venezuelano divulgou um documento com um pedido da Rede Europeia de Solidariedade com a Venezuela para que União Europeia (UE) respeite o resultado das eleições parlamentares em 6 de dezembro.

Membros da Rede Europeia de Solidariedade com a Venezuela entregaram ao Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE) a seguinte petição: "A União Europeia deve respeitar os resultados das eleições legislativas na Venezuela".

"A União Europeia deve respeitar o resultado das eleições de 6 de dezembro na Venezuela. A Rede Europeia de Solidariedade com a Venezuela entregou uma petição com mais de 3.500 assinaturas. Obrigado, camaradas de todo o mundo, por tanta verdade e solidariedade", escreveu o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, em uma rede social.

No texto, os signatários exigiam que a UE deixasse de apoiar o setor mais radical da oposição venezuelana e respeitasse a vontade democrática do povo "para acabar com a espiral de violência política que começou com a autoproclamação ilegal de Juan Guaidó como presidente interino".

Rússia enviará observadores às eleições parlamentares da Venezuela
A UE não enviará missão de observação. A justificativa é que o processo eleitoral "exige a implementação de normas democráticas que não existiam antes e que não existem agora".

Por sua vez, o governo venezuelano reitera desde outubro passado que não admitirá ingerência ou suposta tutela externa. Caracas disse que espera que a UE mantenha uma atitude conforme aos princípios que regem o direito internacional e se limite a cumprir um papel de facilitação respeitoso.

Comentar