Em carta à ONU, Irã acusa Israel e pede que organização condene morte de cientista

O representante permanente do Irã na ONU, Majid Takht Ravanchi, declarou nesta sexta-feira (27) que o secretário-geral e o Conselho de Segurança da ONU devem condenar da maneira mais rígida o assassinato do físico nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh.
Sputnik

A carta do embaixador iraniano foi dirigida ao presidente do Conselho de Segurança da ONU e ao secretário-geral da ONU, António Guterres.

Na carta de Takht Ravanchi, durante esta década, vários cientistas iranianos importantes foram vítimas de ataques terroristas e foram mortos. Ele destacou que o Irã tem fortes evidências que indicam claramente "que certos círculos estrangeiros estiveram por trás dessas mortes".

"O assassinato covarde do mártir Fakhrizadeh, com sérios sinais indicando a responsabilidade de Israel, é outra tentativa desesperada de causar estragos em nossa região, bem como minar o desenvolvimento científico e tecnológico do Irã", disse o representante permanente do Irã.

A carta de Takht Ravanchi à ONU: [Estamos] advertindo contra quaisquer medidas aventureiras dos Estados Unidos e de Israel, particularmente durante o período restante da atual administração dos EUA em exercício. O Irã se reserva o direito de tomar todas as medidas necessárias para defender seu povo e assegurar seus interesses

Antes, o ministro iraniano das Relações Exteriores, Javad Zarif, disse em seu Twitter que há "sérios indícios" de que Israel esteve envolvido no assassinato do cientista, apelando aos líderes mundiais para que condenem esse crime.

Terroristas assassinaram hoje [27] um eminente cientista iraniano. Essa cobardia, com sérios indícios do papel de Israel, mostra o belicismo desesperado dos agressores.

O Irã apela à comunidade internacional – e especialmente à União Europeia – que acabe com sua vergonhosa duplicidade de critérios e condene este ato de terrorismo estatal.

Foi noticiado anteriormente, nesta sexta-feira (27), que o físico nuclear iraniano, Mohsen Fakhrizadeh, foi assassinado na região de Damavand. 

A diplomacia iraniana declarou que a morte do físico teve o aparente envolvimento de Israel, convocando a comunidade internacional a condenar este crime.

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