Dinamarca quer investigar caso de 'doninhas zumbis' que ressurgiram das valas onde foram enterradas

O governo da Dinamarca disse nesta sexta-feira (27) que quer investigar as circunstâncias em que milhões de doninhas foram sacrificadas e enterradas para evitar a disseminação do coronavírus no país.
Sputnik

A Dinamarca ordenou que todas as doninhas — também conhecidas como visons — de fazendas fossem sacrificadas no início deste mês, depois que 12 pessoas foram infectadas por uma mutação do vírus que causa a COVID-19, que foi transmitida aos animais e acabou infectando humanos, segundo publicou a Reuters.

A decisão resultou na morte de 17 milhões de animais de fazenda, gerando polêmica e a renúncia do ministro da Agricultura e Alimentos, Morgens Jensen, na semana passada, depois que o pedido foi considerado ilegal.

​As carcaças das doninhas foram despejadas em uma área militar no oeste da Dinamarca e cobertas com dois metros de terra. Mas centenas desses animais começaram a ressurgir devido ao gás resultante da decomposição que move o solo, segundo autoridades.

Os jornais se referem a eles como "doninhas zumbis".

O ministro que substituiu Jensen, Rasmus Prehn, disse nesta sexta-feira (27) que apoia a ideia de desenterrar os animais e incinerá-los. Ele afirmou que havia pedido à agência de proteção ambiental para investigar se isso poderia ser feito e que o Parlamento seria informado sobre o assunto na próxima segunda-feira (30).

Dinamarca quer investigar caso de 'doninhas zumbis' que ressurgiram das valas onde foram enterradas

As valas cheias de carcaças de doninhas, que estão sendo monitoradas 24 horas por dia para manter pessoas e animais afastados, geraram reclamações dos moradores da área sobre potenciais riscos à saúde.

Autoridades dizem que não há risco de as carcaças espalharem o coronavírus, mas moradores da região estão preocupados com o risco de corpos contaminarem água potável e uma lagoa a menos de 200 metros de distância.

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