China poderia integrar pacto de livre comércio abandonado pelos EUA

Logo após se unir à Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP, na sigla em inglês), Pequim poderia se juntar a outro importante pacto de comércio regional.
Sputnik

Pequim está aberta à ideia de integrar a Parceria Transpacífica (TPP-11, na sigla em inglês), salientou nesta sexta-feira (20) o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, citado pela agência Xinhua. Este pacto inclui 11 países da Ásia-Pacífico que decidiram manter abertos seus mercados após os EUA iniciarem políticas protecionistas, que culminaram com a saída do país da mesa de negociações.

As economias que integram o TPP-11 - Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura e Vietnã - contam com quase 500 milhões de consumidores e representam 13,4% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

O chanceler japonês, Toshimitsu Motegi, declarou em uma coletiva de imprensa que seu homólogo chinês, Wang Yi, visitaria Tóquio para abordar o tema.

Por sua vez, o primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, destacou a aspiração do país do sol nascente a integrar uma zona de livre comércio na região através da conclusão do acordo RCEP e da implementação e expansão da TPP-11.

Outro membro potencial da TPP-11 é o Reino Unido, que em setembro iniciou negociações com as 11 nações integrantes para se unir a "uma das maiores e mais dinâmicas áreas de livre comércio do mundo". O tratado seria benéfico para Londres, uma vez que seus principais parceiros comerciais não europeus se encontram entre os firmantes do acordo.

O maior pacto comercial do mundo, o RCEP, foi assinado por 15 nações da Ásia-Pacífico em 15 de novembro, em Hanói, na 37ª cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês). Este pacto supõe um maior grau de abertura no comércio de bens e serviços entre as partes e vai reforçar a proteção em âmbitos como o comércio eletrônico e a propriedade intelectual.

China poderia integrar pacto de livre comércio abandonado pelos EUA

Em 19 de novembro, Xi Jinping, mandatário do gigante asiático, reiterou a adesão do país a uma política de abertura no âmbito econômico.

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