China prepara próximo passo de ambicioso plano para aumentar influência do yuan

De acordo com analista, Pequim quer que empresas chinesas façam mais para se proteger da volatilidade ao mesmo tempo em que aumenta a influência da moeda local.
Sputnik

A partir de quinta-feira (19) a China permitirá que investidores estrangeiros negociem futuros de cobre na Bolsa de Xangai. Portal Bloomberg garante que este é mais um passo do gigante asiático em seu ambicioso plano de aumentar a influência de sua moeda, o yuan.

"A China quer fortalecer o uso do yuan para transações externas, parte de uma estratégia de longo prazo para elevar o perfil e a influência da moeda", afirma Clara Ferreira Marques, colunista da mídia.

A China é o maior consumidor de metais do mundo e sua ambição é clara: Pequim "quer aumentar a sua capacidade de fixação de preços nos mercados de commodities, que domina", comenta Ferreira.

Ao mesmo tempo, o governo chinês quer "que as empresas nacionais façam mais para se proteger da volatilidade", afirma a analista.

O cobre, por sua vez, é um indicador importante para a economia chinesa, que se recuperou mais rápido do que o resto do mundo da pandemia de COVID-19. O preço do contrato internacional futuro de cobre será cotado em yuan, mas não incluirá impostos e taxas alfandegárias, pois a entrega será feita em depósitos alfandegários.

Segundo dados oficiais, as importações chinesas de cobre nos primeiros nove meses de 2020 aumentaram 41% em relação ao ano anterior, para quase cinco milhões de toneladas.

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