Papa parabeniza Joe Biden por eleição nos Estados Unidos

O papa Francisco ofereceu suas "bênçãos e felicitações" ao candidato projetado pela mídia norte-americana como presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, em um telefonema nesta quinta-feira (12).
Sputnik

A conversa foi anunciada pela equipe de transição de Biden, que, segundo as projeções, se transformará no segundo presidente católico da história dos EUA depois de John Kennedy, quando assumir o cargo em 20 janeiro.

Durante o período em que seu papado coincidiu com o mandato de Trump, Francisco entrou em rota de colisão com presidente norte-americano em uma série de questões, como China, mudanças climáticas, Cuba e imigração.

"O presidente eleito agradeceu a Vossa Santidade por sua bênção e seus parabéns, e fez questão de demonstrar seu apreço pela liderança de Vossa Santidade na promoção da paz, da reconciliação, e dos laços que unem a humanidade ao redor do planeta", disse a equipe de transição em comunicado.

​O presidente eleito Biden conversou nesta manhã com Vossa Santidade o Papa Francisco.

"[Biden] manifestou seu desejo de trabalhar junto, com base na crença compartilhada na dignidade e na igualdade, em todas as questões da humanidade, como o cuidado aos mais pobres e marginalizados, a crise da mudança climática, e o acolhimento e a integração de imigrantes e refugiados em nossas comunidades", acrescentou a equipe de transição na nota.

Em fevereiro de 2016, quando Trump ainda era o candidato republicano à presidência, Francisco criticou sua promessa de construir um muro ao longo da fronteira com o México, ao afirmar que o homem que deseja construir barreiras "não é cristão".

Após a eleição do magnata norte-americano, o papa criticou sua decisão de sair do Acordo de Paris para limitar o aquecimento global e sua política de separar as famílias de imigrantes que entravam ilegalmente nos Estados Unidos.

Além disso, em uma entrevista à Reuters em 2018, Francisco revelou ter ficado triste com a iniciativa de Trump de retroceder no acordo para normalizar relações com Cuba, que o Vaticano ajudou a tirar do papel durante a administração de Barack Obama.

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