Desde que Trump chegou ao poder, no mundo aumentou ameaça de uso de armas nucleares, adverte jornal

A ameaça global de uso de mísseis e armas nucleares tem crescido desde que Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos, segundo o jornal The Washington Post.
Sputnik

O novo míssil balístico intercontinental da Coreia do Norte, que passou recentemente pelas ruas de Pyongyang, deu ênfase a uma realidade preocupante.

A apresentação da nova arma "monstruosa", que parece ser uma versão maior de um míssil norte-coreano que pode alcançar os EUA, ocorre menos de uma semana após o lançamento do míssil hipersônico russo Tsirkon e um mês e meio depois do teste de lançamento de mísseis balísticos da China no disputado mar do Sul da China, escreve o jornal The Washington Post.

A situação atual representa um desafio mais amplo para Washington. A administração Trump anunciou o início de uma era de "grande competição de poder" com a China e a Rússia, que resulta em um crescimento militar avaliado pelos defensores do controle como ameaçador do surgimento de uma verdadeira corrida armamentista.

A Rússia está desenvolvendo drones submarinos nucleares, mísseis de cruzeiro nucleares e outras armas concebidas para penetrar a defesa antiaérea dos EUA, segundo o jornal, que escreveu também que China está intensificando as suas forças de mísseis e construindo novos submarinos nucleares.

Desde que Trump chegou ao poder, no mundo aumentou ameaça de uso de armas nucleares, adverte jornal

Em contramão, os Estados Unidos estão modernizando seu próprio arsenal, equipando os submarinos com ogivas nucleares de baixo rendimento e reforçando sua defesa antimíssil.

Um recente relatório do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais alertou que o declínio da influência global dos EUA e o aumento das tensões de segurança regionais com a permanência no poder de líderes autoritários vão incentivar mais países a adquirir armas nucleares e limitar a capacidade de resposta de Washington.

As tendências já estavam se movendo em uma direção preocupante antes de Trump assumir o cargo, e seria complicado no contexto atual para qualquer administração norte-americana assinar novos acordos duradouros de controle de armas, ponderou Vipin Narang, professor de Ciências Políticas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Mas Trump exacerbou os desafios, ressaltou.

Em setembro, o enviado especial da Casa Branca para Controle de Armas, Marshall Billingslea, afirmou que os EUA não estão dispostos de retirar armas nucleares da Europa.

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