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ALERJ aprova continuidade do impeachment de Witzel por unanimidade

Nesta quarta-feira (23), a continuidade do impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, foi aprovada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) com 69 votos a favor e nenhum contra. Eram necessários 47 votos para aprovar a proposta.
Sputnik

O projeto autorizou a abertura de um processo de crime de responsabilidade contra o governador afastado e agora será julgado por um Tribunal Misto formado por cinco deputados e cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

O Tribunal Misto definirá primeiro se Witzel deve ser afastado do cargo e depois se o governador cometeu crime de responsabilidade e se deve perder os direitos políticos. Apesar do rito político, Witzel já está afastado do cargo por decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Benedito Gonçalves.

Com a continuidade do processo, os deputados estaduais lançarão candidaturas para o tribunal, cuja composição será formada na terça-feira (29). A partir daí, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro terá cinco dias para indicar os desembargadores que participarão do processo. A conclusão do trâmite, que pode condenar Witzel por crime de responsabilidade, será revelada em até 120 dias.

ALERJ aprova continuidade do impeachment de Witzel por unanimidade

Antes da votação, Witzel se defendeu por meio de vídeo-conferência durante cerca de uma hora. Do Palácio das Laranjeiras, o governador afastado criticou o que chamou de "perseguição" e afirmou que o processo de impeachment que sofre não tem base, uma vez que Witzel nega as acusações contra si.

Witzel é acusado de improbidade administrativa e mau uso do dinheiro público na área da Saúde em meio à pandemia da COVID-19. Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), o governador afastado recebeu propinas de empresas em um esquema de contratos falsos com o escritório da primeira-dama, Helena Witzel. Com isso, o ex-juiz teria recebido pelo menos R$ 554,2 mil. O esquema envolve irregularidades em contratos de hospitais de campanha, respiradores e medicamentos.

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