Presidente sul-africano apela na ONU por estímulo à África em meio à pandemia

Nesta terça-feira (22), o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, em seu discurso na 75ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), pediu apoio da comunidade internacional a um pacote de estímulo para a África em meio à pandemia da COVID-19.
Sputnik

Ramaphosa discursou de forma remota devido às medidas de distanciamento para conter a pandemia do novo coronavírus.

"Apelamos à comunidade internacional e aos nossos parceiros internacionais para apoiarem a implementação de um pacote de estímulo abrangente para os países africanos", disse o presidente sul-africano.

O dirigente afirmou ainda que os países de seu continente precisarão de auxílio para recuperar suas economias após a pandemia.

"Isto permitirá aos países africanos não apenas mitigar os impactos da COVID-19 na saúde, mas para nos ajudar na imensa tarefa de reconstruir nossas economias destruídas", disse.
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Na mesma linha, a autoridade sul-africana pediu o levantamento das sanções econômicas contra o Zimbábue e o Sudão para que pudessem enfrentar a pandemia de maneira adequada, além da suspensão do pagamento de juros. A estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI) é de que a economia do Zimbábue recue 7,4% em 2020, enquanto o Sudão deve ver seu Produto Interno Bruto (PIB) encolher 7,2% este ano.

"Pedimos a suspensão do pagamento de juros sobre a dívida externa e pública da África", acrescentou o presidente.

A pandemia paralisou as economias nacionais de muitos países em todo o mundo, especialmente aqueles - como muitos dos países africanos - que carecem de recursos financeiros e instituições sociais e políticas robustas para enfrentar a crise atual.

Dados oficiais disponibilizados pelo governo sul-africano mostram que a economia do país, um dos mais desenvolvidos do continente, teve queda de 16% entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano. A África do Sul sozinha deve ver seu PIB despencar 8% em 2020 devido ao impacto da pandemia, segundo uma estimativa publicada em agosto pela Bloomberg.

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