O Departamento de Justiça dos EUA identificou os hackers como Hooman Heidarian e Mehdi Farhadi, ambos fugitivos que continuam fora do alcance das autoridades estadunidenses.
Os hackers "roubaram centenas de terabytes de dados que incluíam comunicações confidenciais relativas à segurança nacional, inteligência de política externa, informações nucleares não militares, dados aeroespaciais, informações de ativistas de direitos humanos, informações de identificação pessoal e propriedade intelectual, incluindo pesquisas científicas não publicadas", disse o comunicado publicado na quarta-feira (16).
Em alguns casos, os hackers trabalharam para o governo iraniano e, em outros casos, venderam informações roubadas no mercado negro para obter ganhos financeiros, aponta o documento. Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, os hackers também procuraram intimidar dissidentes e às vezes recorreram à sabotagem de redes infiltradas.
Os hackers teriam começado a roubar dados em 2013, indicando que o esquema pode ter sido mantido ao longo de vários anos, conforme a publicação. No processo, os iranianos mantiveram o acesso não autorizado às redes de computadores alvos de suas ações por longos períodos de tempo.
Os hackers também visaram várias universidades norte-americanas e estrangeiras, um think tank de Washington, uma empreiteira de defesa, uma empresa aeroespacial, grupos sem fins lucrativos e governos estrangeiros, segundo acrescentou o comunicado.