Em entrevista à Sputnik, Aleksei Rozanov, membro da Academia Russa de Ciências e diretor científico do setor de astrobiologia do Instituto Unido de Pesquisas Nucleares, afirmou:
"Isto não é uma descoberta, mas o estabelecimento de fatos firmes de que a panspermia [chegada de vida à Terra] é um fenômeno real."
De acordo com ele, o conjunto de imagens deve ser publicado em novembro e será dedicado aos microrganismos fossilizados presentes em meteorito encontrado na França em 1864.
Traços orgânicos foram encontrados logo após sua queda, porém, na época os cientistas não realizaram análises mais profundas. Agora, pesquisadores do instituto russo tiraram fotografias de qualidade das evidências usando microscópio eletrônico.
Conforme esclareceu Mikhail Kapralov, pesquisador do Instituto Unido de Pesquisas Nucleares, entre os vestígios fossilizados foram encontrados microrganismos que poderiam surgir somente em locais com campo magnético e água, ou seja, em um planeta, não dentro de um cometa.
Os rastros de vida não são procurados por cientistas na superfície dos meteoritos, à qual poderiam aderir após a queda na Terra, mas dentro de seus corpos.
"No mínimo nós mostramos, e isso é conhecido há mais de 20 anos, que no espaço existe vida, ao menos existiu", resumiu Kapralov.