Inteligência francesa entra no plano de reformas do Líbano

O chefe de inteligência da França está unindo esforços para pressionar o Líbano a realizar reformas e formar um novo governo, conforme determinação do presidente francês, Emmanuel Macron.
Sputnik

O Líbano enfrenta atualmente o que muitos especialistas consideram a sua pior crise, política e econômica, desde a guerra civil terminada em 1990. E a França, que controlou a região durante vários anos na primeira metade do século passado, decidiu tomar a iniciativa de organizar o apoio internacional necessário à restauração da estabilidade libanesa. 

​Na última terça-feira (1º), em visita a Beirute, Macron deu um prazo aos políticos libaneses para realizarem, até o final de outubro, reformas de estabilização, alertando para o risco de retirar uma ajuda financeira e até impor sanções caso sejam descobertos casos de corrupção no processo. 

Bernard Emié, chefe da Direção Geral de Segurança Externa (DGSE) da França e ex-embaixador no Líbano, tem mantido contatos com as autoridades do país do Oriente Médio sobre os assuntos discutidos pelo presidente francês, escreve a Reuters.

"Ele está acompanhando todos os arquivos que Macron apresentou em sua última visita e, com esse propósito, está em contato com muitas autoridades libanesas em todo o espectro político", disse uma fonte local à agência. "Ele está pedindo que acelerem a implementação das reformas."

Emié foi nomeado embaixador no Líbano depois de servir como conselheiro do presidente francês Jacques Chirac. Ele estava no cargo quando o então primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, um amigo próximo de Chirac, foi assassinado, em 2005.

Diplomatas citados pela Reuters dizem que o atual chefe da inteligência francesa desempenhou um papel fundamental, no passado, nos esforços para expulsar as tropas sírias do Líbano, há 15 anos.

Além de Emié, fontes locais disseram que várias outras autoridades francesas estão acompanhando de perto o desenvolvimento da situação libanesa, incluindo o principal conselheiro diplomático de Macron, Emmanuel Bonne, e outro ex-enviado a Beirute.

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