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IBGE: produção industrial no Brasil cresce 8% em julho, mas não recupera perdas

Nesta quinta-feira (3), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados de produção industrial do Brasil em julho, que apesar da alta em relação ao mês anterior ainda não recuperou as perdas da pandemia.
Sputnik

Conforme publicou o IBGE, a produção industrial em julho no Brasil cresceu 8%. Essa é a terceira alta mensal consecutiva do setor, sucedendo os crescimentos anteriores de 8,7%, em maio, e 9,7%, em junho.

Apesar das três altas consecutivas na produção industrial, o setor ainda não recuperou as perdas decorrentes dos dois primeiros meses da pandemia, março e abril, que juntos somam queda acumulada de 27% para o setor.

A produção industrial de julho, no entanto, representa uma queda de 3% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano há uma queda de 9,6%, e no acumulado de 12 meses a queda é de 5,7%.

IBGE: produção industrial no Brasil cresce 8% em julho, mas não recupera perdas

Dentre as chamadas grandes categorias econômicas - os setores de produção industrial - não houve recuo mensal em nenhuma área, sendo que as maiores altas aconteceram nos Bens Duráveis, com crescimento de 42%, e Bens de Capital, com avanço de 15%. No acumulado do ano, no entanto, esses mesmos setores registraram as maiores quedas, com recuo de 20,3% nos Bens de Capital e 33,8% na área de Bens Duráveis. Nenhuma das outras categorias econômicas - Bens intermediários, Bens de Consumo e Bens semiduráveis e não duráveis - registrou avanço no acumulado de 2020.

Já entre as atividades econômicas industriais, a publicação do IBGE destacou o crescimento de 43,9% da produção de veículos automotores. O setor avançou 761,3% no acumulado trimestral, apesar de ainda estar 32,9% abaixo do patamar de fevereiro deste ano.

Além do setor de veículos, o IBGE também destaca crescimento de 29,7% no setor de Confecção de Artigos de Vestuário e Acessórios e avanço de 14,2% na área de Máquinas e Equipamentos.

Segundo o IBGE, as perdas acumuladas estão diretamente relacionadas à necessidade de isolamento e medidas de restrição social impostas pelo avanço da pandemia, principalmente nos meses de março e abril deste ano.

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