EUA vão se retirar da OMS em julho de 2021, diz Departamento de Estado

Departamento de Estado dos EUA informa que o país deve se retirar da Organização Mundial da Saúde (OMS) em julho de 2021.
Sputnik

Nesta quinta-feira (3), o Departamento e Estado dos EUA, órgão equivalente ao Itamaraty brasileiro, informou que os EUA vão se retirar da OMS em julho de 2021.

"Quando o presidente [dos EUA Donald] Trump declarou que os EUA se retirariam dessa organização, ele deixou claro que nós vamos buscar parceiros mais transparentes e confiáveis", informou em declaração o representante do Departamento de Estado Morgan Ortagus.

"A saída entrará em vigor no dia 6 de julho de 2021", informou.

"Desde o anúncio do presidente, as autoridades dos EUA estão trabalhando para encontrar parceiros que estejam prontos para assumir as funções anteriormente desempenhadas pela OMS", concluiu Ortagus.

A saída terá impacto na manutenção das atividades da organização, uma vez que os EUA são o principal contribuinte da OMS, financiando cerca de 15% de seu orçamento, informou a AFP.

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Com um orçamento anual de US$ 2,8 bilhões por ano (cerca de R$ 14 bilhões), a OMS funciona com recursos equivalentes a "um hospital de porte médio em um país desenvolvido", afirmou recentemente o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Nesta quarta-feira (2), a administração Trump havia adiantado que tomaria as medidas necessárias para retirar os EUA da OMS, informando que o processo poderia levar até um ano para ser concluído.

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O candidato democrata à presidência dos EUA, Joe Biden, por sua vez, afirmou reiteradas vezes que, caso seja eleito, vai reverter a decisão de Trump.

A administração Trump tomou a decisão de se retirar da OMS após acusar a organização de encobrir a real proporção da pandemia do novo coronavírus em função de sua alegada dependência da República Popular da China.

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