Surgem novas evidências da propagação do coronavírus em ambientes fechados com recirculação de ar

Na China, um passageiro com COVID-19 infectou pelo menos outras 23 pessoas durante uma viagem de uma hora e meia em um ônibus com ar-condicionado e mal ventilado.
Sputnik

Um novo estudo traz novas evidências de que o SARS-CoV-2 pode se espalhar no ar. Pesquisadores que investigaram um surto comunitário na província de Zhejiang, China, descobriram que uma pessoa com COVID-19 infectou pelo menos 23 pessoas durante uma viagem de ônibus. O artigo foi publicado na terça-feira (1º) na revista científica JAMA Internal Medicine.

O grupo analisado fez uma viagem de ônibus de uma hora e meia com a pessoa infectada para um evento religioso. A viagem ocorreu em 19 de janeiro, quando o uso de máscaras para deter o vírus ainda não era obrigatório na região, embora alguns dos passageiros estivessem utilizando uma.

Os autores do estudo acreditam que o aparelho de ar-condicionado permitiu a transmissão do vírus, espalhando gotículas virais pelo ônibus. Alguns aparelhos de ar-condicionado aspiram o ar de fora e o expelem novamente, enquanto outros recirculam o mesmo ar. O ônibus utilizava esse segundo tipo.

Surgem novas evidências da propagação do coronavírus em ambientes fechados com recirculação de ar

Perigo dos lugares fechados

O estudo defende que, em algumas situações, manter a distância de dois metros pode não ser suficiente para evitar a infecção por coronavírus, especialmente em espaços mal ventilados. O SARS-CoV-2 foi considerado um patógeno altamente transmissível em ambientes fechados com recirculação de ar.

Dessa forma, locais como escritórios, cinemas, teatros e outras instalações internas que regularmente utilizam ar-condicionados, precisam garantir que o ar circule, seja por janelas, seja por aparelhos que expulsem o ar fresco.

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