Sibéria foi grande centro da civilização na antiguidade, explica pesquisa (FOTO)

Pesquisadores de instituições russas descobriram antigos artefatos durante escavações em Ust-Kova, na Sibéria.
Sputnik

De acordo com pesquisadores da Universidade Federal da Sibéria e da Divisão Siberiana da Academia de Ciências da Rússia, alguns dos artefatos têm mais de 24 mil anos, indicando que os antigos habitantes possuíam alto desenvolvimento tecnológico, além de sofisticadas visões religiosas.

As descobertas sugerem que a região foi um grande centro da civilização no Paleolítico. Os resultados da pesquisa foram publicados no Asia Scientific Journal.

As peças de arte encontradas demonstram a natureza das visões religiosas em desenvolvimentos e esclarecem a evolução e origem de antigas tecnologias do Norte Euroasiático, assim como mostra com quem os primeiros habitantes da Sibéria tiveram contato.

"A equipe de pesquisa conduziu análises microscópicas detalhadas de cada objeto, incluindo dos mamutes talhados em marfim, para ver traços dos utensílios utilizados para fazê-los", afirmou Nikolai Drozdov, doutor de Ciências Históricas e professor do Departamento de História Russa da Universidade Federal da Sibéria.
Sibéria foi grande centro da civilização na antiguidade, explica pesquisa (FOTO)

O doutor comentou que, ao processar as imagens microscópicas da figura do mamute feita com um grande fragmento de marfim, os pesquisadores puderam restaurar a tecnologia de processamento utilizada pelos antigos artesãos da época, que se assemelha a tecnologias encontradas na região de Irkutsk.

De acordo com os pesquisadores, trata-se da comprovação da existência de conexões tecnológicas e culturais entre antigos habitantes da Sibéria, que estabeleceram contato através dos rios.

"A figura do mamute encontrada é pintada em ambos os lados: um lado é vermelho, outro é preto. Isto indica que povos antigos tinham visões associadas com a vida e ideias cósmicas, porque o vermelho é a cor do sangue e vida, enquanto o preto representa escuridão e morte", diz Drozdov.

Tais artefatos, conforme acreditam especialistas, e as descobertas feitas na caverna Denisova, também na Rússia, provam que os povos que habitaram a Sibéria na Idade da Pedra eram muito desenvolvidos e não nem um pouco inferiores intelectualmente aos dos territórios modernos de China, Espanha ou França.

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