EUA enviam mais de 200 agentes federais para Kenosha, após protestos antirracistas

Nesta quarta-feira (26), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos está enviando mais de 200 agentes federais para Kenosha, no estado norte-americano de Wisconsin.
Sputnik

O envio dos agentes tem como objetivo ajudar as autoridades locais e estaduais a conter os protestos antirracistas deflagrados após policiais atirarem contra Jacob Blake, disse o porta-voz Kerri Kupec do Departamento de Justiça dos EUA por meio de suas redes sociais.

Jacob Blake, um homem negro de 29 anos, foi baleado por um policial nas costas sete vezes no domingo (23) e ficou paralisado da cintura para baixo.

O DOJ [sigla em inglês para Departamento de Justiça dos EUA] enviou mais de 200 agentes e delegados do FBI, ATF e USMS para auxiliar a aplicação da lei estadual e local em resposta aos distúrbios e continuará enviando a Kenosha os recursos federais conforme for preciso e necessário

No início desta quarta-feira (26), o presidente Donald Trump disse que o governador de Wisconsin, Tony Evers, concordou em aceitar a assistência federal para conter os distúrbios na cidade. Evers divulgou um comunicado dizendo que 500 membros da Guarda Nacional de Wisconsin seriam enviados a Kenosha, além dos 250 que ele já havia autorizado no início desta semana.

EUA enviam mais de 200 agentes federais para Kenosha, após protestos antirracistas

Os reforços federais e estaduais estão chegando a Kenosha após duas pessoas terem sido mortas e pelo menos uma outra ficar gravemente ferida na noite da terça-feira (25). O suspeito de ter realizado o ataque, um homem branco de 17 anos, foi preso algumas horas depois no estado vizinho de Illinois e é acusado de assassinato em primeiro grau.

Kenosha, que tem uma população de cerca de 100 mil pessoas, vive protestos desde a noite do domingo (23). O incidente fez da cidade mais um ponto de concentração do movimento Black Lives Matter e outras organizações antirracistas que têm ganhado relevância nos EUA e se destacaram durante protestos de massa no país após o assassinato de George Floyd, em maio deste ano.

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