Em briga por petróleo no Mediterrâneo, Grécia descarta 'pressão militar' da Turquia

A Grécia afirmou que deixará a porta aberta para o diálogo com a Turquia, mas não aceitará qualquer pressão, emitindo os comentários após uma disputa sobre o petróleo e gás no mar Mediterrâneo intensificada entre os aliados da OTAN.
Sputnik

Atenas informou que não se envolverá em "nenhuma discussão" com sua rival Turquia, enquanto continuar aumentando a "pressão militar" no mar Egeu e no Mediterrâneo oriental, declarou o ministro de Estado grego, Giorgos Gerapetritis, nesta terça-feira (25).

"A única questão que a Grécia vai discutir é a plataforma continental e a zona econômica exclusiva", proclamou o alto funcionário.

A Grécia, que parece ter garantido o apoio da Alemanha, participou recentemente de um exercício naval com os EUA. As movimentações aconteceram ao sul de Creta e incluíram uma fragata e um submarino gregos, bem como seis caças F-16 e o ​​destróier USS Winston S. Churchill.

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Por sua vez, a Turquia também anunciou a realização de exercícios navais na segunda-feira (24), aparentemente dando um alerta aos gregos.

A Turquia e a Grécia - ambas aliadas da OTAN por décadas - se opuseram à descoberta de depósitos de petróleo e gás nas costas de Creta e Chipre em águas contenciosas. Ancara, que implantou seu navio de pesquisas Oruc Reis, anunciou que suas atividades na área disputada serão estendidas até o dia 27 de agosto, gerando ira em Atenas.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan advertiu que seu país "não dará o menor passo para trás das atividades dos Oruc Reis ou de nossos elementos navais que os escoltam". Ele sugeriu que a Grécia havia "se lançado em um caos do qual não consegue encontrar uma saída".

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