'Grécia semeia o caos no Mediterrâneo': Erdogan ataca aliado da OTAN em defesa da Turquia

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan acusou a vizinha Grécia de "semear o caos" nas águas do mar Mediterrâneo, contestado pelas duas nações com base na sobreposição de reivindicações de recursos naturais.
Sputnik

Falando após uma reunião de gabinete nesta segunda-feira (24), Erdogan criticou Atenas por transmitir alertas de navegação marítima e meteorológicos, conhecidos como Navtex, em áreas do Mediterrâneo reivindicadas por Ancara.

"A Grécia declarou seu próprio Navtex ilegalmente e de forma equivocada [...] Com esta abordagem, a Grécia semeou um caos do qual não será capaz de escapar", criticou.

O presidente da Turquia também afirmou que as atividades gregas na área são incentivadas por terceiros países, que ele disse não ajudarão Atenas no caso de um conflito aberto com Ancara.

"Aqueles que jogarem a Grécia na frente da Marinha turca não ficarão atrás deles", acrescentou Erdogan, sem mencionar nenhum ator estrangeiro em particular.

'Grécia semeia o caos no Mediterrâneo': Erdogan ataca aliado da OTAN em defesa da Turquia

O assessoramento do Navtex da Grécia para a área expira nesta quinta-feira (27), disse o porta-voz do governo grego, Stelios Petsas. O assessoramento abrange o mesmo período da missão turca de exploração de petróleo de seu navio de pesquisa Oruc Reis, apoiado por vários navios militares. Essa missão, originalmente planejada para terminar em 23 de agosto, foi recentemente prorrogada para 27 de agosto.

"A Grécia está respondendo com calma e prontidão tanto a nível diplomático quanto operacional. E com a confiança nacional, faz tudo o que é necessário para defender seus direitos soberanos", destacou Petsas.

As águas do Mediterrâneo oriental têm estado especialmente quentes ultimamente, quando os dois aliados da OTAN enviaram flotilhas militares para a área contestada, perto de uma ilha grega na costa sul da Turquia.

Ancara reivindicou as águas depois de chegar a um acordo marítimo com o governo da Líbia, apoiado pela ONU, que foi rejeitado pela Grécia e outras nações, com outro aliado da OTAN, a França, até mesmo enviando suas próprias forças navais para apoiar Atenas no impasse contínuo.

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