Mídia norte-americana revela planos de EUA e Israel contra S-400, se Rússia vendê-los ao Irã

O Conselho de Segurança da ONU rejeitou novas sanções a Teerã, motivo pelo qual os EUA e seu aliado no Oriente Médio, Israel, estariam se preparando para o período após a expiração do embargo atual.
Sputnik

Os Estados Unidos e Israel já estão se preparando para um cenário em que a Rússia vende sistemas avançados de defesa antiaérea, como o S-400, ao Irã, inclusive através da realização de exercícios que envolvem a destruição de ameaças avançadas de mísseis terra-ar, revela o portal Breaking Defense.

Segundo o portal, o Irã "já investiu em sistemas russos de defesa antiaérea modernizados, como os S-300", e manifestou recentemente interesse nos S-400, devendo "os russos [...] encontrar um cliente ansioso em Teerã".

O Breaking Defense aponta uma recente onda de atividade diplomática entre Moscou e Teerã devido aos comentários em julho do embaixador iraniano Kasem Jalali, de que a República Islâmica estava interessada em comprar armas russas para "aumentar suas capacidades de defesa".

Ao mesmo tempo, no início de agosto, caças F-35 das Forças Aéreas dos EUA e de Israel participaram de exercícios conjuntos pela segunda vez em 2020, com o objetivo de melhorar a capacidade de sobrevivência dos caças contra "sofisticadas defesas antiaéreas inimigas e caças antes de atingir alvos terrestres", segundo a mídia.

Os exercícios, denominados Enduring Lightning II, envolveram o Esquadrão 421 dos EUA e os caças F-35I Adir de Israel, e aconteceram no sul de Israel no dia 2 de agosto.

Em novembro de 2019, a Agência de Inteligência de Defesa do Pentágono, EUA, divulgou um relatório sugerindo que os sistemas de defesa da Rússia, incluindo o S-400, o sistema de defesa costeira K-300P Bastion, os caças de combate Su-30 e os tanques de combate T-90 eram algumas das armas que o Irã poderia estar interessado em comprar de Moscou depois do fim do embargo de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) em outubro.

Próximas sanções contra Irã

A rejeição pelo Conselho de Segurança da ONU da resolução dos EUA em prorrogar indefinidamente o embargo levou o presidente norte-americano, Donald Trump, a advertir que seriam aplicadas sanções adicionais contra o Irã em breve. Benjamin Netanyahu, premiê israelense, também prometeu que Israel "continuaria agindo em estreita cooperação com os EUA e os países da região para bloquear a agressão iraniana".

Além de se interessar pelos sistemas de defesa antiaérea russos e chineses, a República Islâmica também aumentou consideravelmente as capacidades da sua indústria militar interna nos últimos anos. Em junho de 2019, o sistema de defesa antiaérea Khordad-3 do Irã abateu um drone de vigilância avançado norte-americano de US$ 220 milhões (R$ 1,19 bilhão) no espaço aéreo iraniano, no estreito de Ormuz.

Em agosto de 2019, Teerã ordenou que o Bavar-373, com características superiores às do Patriot dos EUA, fosse adicionado à rede de defesa antiaérea do país.

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