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Vacina de Oxford contra COVID-19 pode ser usada ainda em 2020 no Brasil se testes forem positivos

Se testes forem positivos, vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford pode ser liberada para uso emergencial no Brasil ainda em 2020. 
Sputnik

A afirmação foi feita pela coordenadora dos estudos da vacina no país, a professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Lily Yin Weckx. A situação emergencial em função da pandemia do novo coronavírus aceleraria o processo, que, seguindo o ritmo normal, terminaria em meados de 2021. 

Os estudos da vacina de Oxford (Reino Unido) estão na fase três, quando sua eficácia é testada em humanos, considerado o último estágio antes da liberação para uso. 

"Qual a nossa perspectiva? Se formos seguir todos os passos de desenvolvimento da pesquisa, o estudo vai terminar em junho do ano que vem. Mas, o que se espera é que, como temos vários centros estudando, com um grande número de pessoas sendo avaliadas, é que possamos fazer uma análise interina dos dados. Se essa análise mostrar que o resultado é muito positivo, é possível conseguir o licenciamento para uso emergencial", disse a média durante o  I Congresso WebHall da Escola Paulista de Medicina, segundo o jornal O Globo. 

Quanto mais vacinas, melhor

No Brasil, pelo menos 5.000 voluntários da área de saúde participam dos testes. Além das doses que estão sendo produzidas em Oxford, o Brasil também participa de testes de outras quatro vacinas, incluindo a desenvolvida pela chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan.

Já o estado do Paraná assinou acordo com o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo) para a produção da vacina Sputnik V.

​Segundo a pesquisadora da Unifesp, é positivo que várias vacinas se mostrem eficientes e possam ser fabricadas. 

"O nosso estudo está indo muito bem e pretendemos que, em breve, possamos ter dados de eficácia da vacina. E essa corrida não é para ver quem vai chegar primeiro: é uma corrida contra o vírus. Para atender a humanidade, precisaremos de mais uma vacina, para assegurar que ela seja acessível para todos e não apenas para os países mais ricos", disse Lily Yin Weckx.

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