Críticas à vacina russa são injustas e causadas pela competição, afirma Ministério da Saúde

A vacina Sputnik V foi desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, e sua produção total deve chegar a 500 milhões de doses nos primeiros 12 meses.
Sputnik

O ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, afirmou que a vacina será usada principalmente para atender à demanda na Rússia, mas não descartou a exportação do medicamento. Além disso, observou que as críticas à vacina no exterior não têm fundamentos e são causadas pelo temor de uma concorrência justa.

"Os colegas estrangeiros, que aparentemente sentiram certa competição, notaram as vantagens do medicamento russo, agora estão tentando expressar opiniões que, do nosso ponto de vista, são absolutamente infundadas", afirmou.

"Em alguns desses países, houve vacinas que saíram sem estudos pré-clínicos, e foram imediatamente usadas em humanos, o que não é nosso caso", ressaltou.

Murashko anunciou nesta quarta-feira (12) que o primeiro lote da vacina contra a COVID-19 será produzido e estará pronto em duas semanas.

"Hoje, os testes de controle de qualidade estão em andamento. Daqui a duas semanas, o primeiro lote do medicamento será lançado e será entregue para [vacinação dos] médicos em grupo de risco", afirmou.

Além disso, o ministro enfatizou que a vacinação será voluntária para todos, incluindo médicos, acrescentando que um aplicativo especial de rastreamento está sendo desenvolvido para que cidadãos russos confirmem o estado de saúde.

O aplicativo também vai monitorar possíveis efeitos adversos do medicamento para aqueles que foram vacinados.

Críticas à vacina russa são injustas e causadas pela competição, afirma Ministério da Saúde

O ministro citou que a plataforma da vacina foi utilizada anteriormente para produzir medicamentos e ressaltou que é a maneira mais segura, obtida após diversos testes.

As autoridades russas afirmaram anteriormente que o plano de duas fases da vacina do Centro Gamaleya poderia fornecer imunidade contra a COVID-19 por até dois anos.

Críticas à vacina russa são injustas e causadas pela competição, afirma Ministério da Saúde

Nesta terça-feira (11), o presidente Vladimir Putin anunciou o registro da primeira vacina russa contra a COVID-19, agradecendo a todos os que trabalharam na criação da primeira vacina mundial contra a COVID-19, descrevendo-a como "um passo muito importante para o mundo".

Os testes clínicos começaram na Universidade Sechenov, em Moscou, no dia 18 de junho. A segurança da vacina foi confirmada em 38 voluntários. Todos os que testaram a vacina desenvolveram imunidade ao vírus.

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