Pequim duplica presença de caças na fronteira com Índia

O Exército chinês duplicou o número de aeronaves presentes na área da fronteira com a Índia onde recentemente ocorreram confrontos entre os militares dos dois países.
Sputnik

Pequim teria 36 aviões e helicópteros na base aérea de Hotan, na região de Xinjiang, que está localizada próximo de Ladakh, zona disputada com a Índia, segundo o Instituto de Estudos Aeroespaciais da China da Força Aérea dos EUA (CASI, na sigla em inglês), citado pela Forbes.

Na base estariam agora 24 caças Shenyang J-11 ou J-16, bem como seis caças J-8, dois aviões de carga Y-8G, dois aviões de alerta precoce KJ-500 e dois helicópteros Mi-17. Além disso, na base estariam estacionados diversos drones de ataque e reconhecimento CH-4.

Antes dos confrontos na região fronteiriça em junho entre as tropas chinesas e indianas, que deixaram dezenas de soldados mortos de ambos os lados, na base de Jotan havia apenas 12 caças Shenyang e nenhum avião de apoio.

O aumento da presença de aviões chineses próximo de Ladakh parece ter como objetivo a obtenção de superioridade aérea para proteger as tropas terrestres chinesas de aeronaves indianas, bem como a realização de missões de reconhecimento e o bloqueio dos voos de reconhecimento indianos.

Entretanto, o contingente chinês não parece estar orientado para realizar ataques aéreos contra tropas da Índia, contra suas redes de abastecimento ou infraestrutura, explicou à Forbes o diretor de pesquisa do Instituto de Estudos Aeroespaciais da China da Força Aérea dos EUA, Rod Lee.

"Atualmente, o papel do Exército chinês é provavelmente proporcionar apoio de inteligência, vigilância e reconhecimento, e apenas com sua presença ajudar a dissuadir a Índia de uma escalada. Se as coisas se converterem em uma guerra, a força atual está bem preparada para criar as condições necessárias a uma campanha ofensiva do Exército chinês ao estabelecer a superioridade aérea e de informação", adicionou o especialista.

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