Protestos em Minsk: saiba como foram as manifestações que pararam Bielorrússia (FOTOS, VÍDEOS)

Os protestos em Minsk continuaram com grande intensidade pelo 2º dia consecutivo após as eleições presidenciais do país, realizadas no último domingo (9). As pessoas saíram às ruas da capital para expressar insatisfação com os resultados da votação.
Sputnik

Após as forças de segurança bielorrussas realizarem uma série de detenções, os manifestantes se concentraram em vários bairros da capital e começaram a construir barricadas.

O número de pessoas no centro estava diminuindo, mas começaram a chegar relatos de que a agitação estava começando gradualmente em diferentes distritos de Minsk. Em alguns lugares, houve confrontos com policiais e detenções.

No centro da cidade, na Praça Pushkinskaya, onde houve maior concentração de manifestantes, os cidadãos começaram a chegar ao local de carro para bloquear a mobilidade dos caminhões das forças policiais em direção aos protestos.

Protesto de automóveis em Minsk

Os manifestantes, por sua vez, construíram barricadas usando ​​cercas de metal, paletes de madeira, latas de lixo e carrinhos de supermercado.

Barricadas em Minsk​

Os protestos foram marcados por slogans e palavras de ordem contra o atual governo. Os policiais usaram granadas de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes, gerando inúmeros feridos, que foram levados para os hospitais. Foi confirmada a morte de uma pessoa.

No final da noite, as ruas do centro da capital bielorrussa começaram a esvaziar com a dispersão provocada pela polícia. De acordo com as informações divulgadas pelo Ministério do Interior da Bielorrússia, cerca de 3.000 pessoas foram detidas, sendo que 1.000 destas prisões aconteceram em Minsk e mais de 2.000 em outras regiões do país.

Os protestos em diferentes cidades da Bielorrússia tiveram início logo após o Comitê Central Eleitoral da Bielorrússia afirmar que o atual presidente Aleksandr Lukashenko, segundo os resultados das eleições realizadas no dia 9 de agosto, detinha 80,23% dos votos, segundo dados preliminares.

Por sua vez, sua rival, Svetlana Tikhanovskaya obteve 9,9%. Contudo, a sede eleitoral da opositora diz não reconhecer o resultado oficial.

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