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'Não é daquele outro país': Bolsonaro alfineta China ao exaltar vacina de Oxford contra COVID-19

O presidente Jair Bolsonaro exaltou na noite de quinta-feira (30) a vacina contra a COVID-19 que vem sendo desenvolvida pelos britânicos da Universidade de Oxford, e que está sendo testada no Brasil, preferindo que ela se saia melhor do que outra vacina, da China.
Sputnik

Sem citar o país asiático, principal parceiro comercial do Brasil, Bolsonaro elogiou em sua live semanal os esforços da instituição do Reino Unido, uma das mais avançadas dentre as 166 iniciativas de vacinas reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Se fala muito sobre a vacina da COVID-19. Nós entramos naquele consórcio de Oxford, e pelo que tudo indica [a vacina] vai dar certo e 100 milhões de unidades chegarão para nós. Não é daquele outro país, não. Tá ok, pessoal?", declarou o presidente brasileiro.

A outra iniciativa com participação brasileira é a CoronaVac, vacina da empresa chinesa Sinovac desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, este vinculado ao governo de São Paulo administrado por João Doria, desafeto declarado de Bolsonaro.

Assim como a vacina de Oxford - desenvolvida em parceria com a AstraZeneca e com colaboração da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) -, a CoronaVac está na terceira fase de testes no Brasil. A expectativa é que nos próximos meses se conheçam os resultados acerca da eficácia de ambas as vacinas.

'Não é daquele outro país': Bolsonaro alfineta China ao exaltar vacina de Oxford contra COVID-19

De acordo com a direção do Instituto Butantan, há a possibilidade de que milhões de doses da CoronaVac fiquem prontas a partir de outubro e mais 60 milhões sejam entregues no primeiro trimestre de 2021.

Essa não é a primeira polêmica do governo Bolsonaro ao mencionar a China durante a pandemia. O chanceler Ernesto Araújo, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, já culparam Pequim pelo avanço da COVID-19, usando termos como "vírus chinês" e "comunavírus".

Em pelo menos uma oportunidade, o presidente Bolsonaro teve de atuar como "bombeiro" junto ao líder chinês Xi Jinping, aproveitando um contato telefônico para se desculpar por comentários que geraram reação da diplomacia chinesa no Brasil.

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