Infectologista norte-americano: pandemia poderia se aproximar da gripe espanhola de 1918

A pandemia de influenza de 1918 infectou cerca de 500 milhões de pessoas no mundo inteiro, de acordo com estimativas. A pandemia do coronavírus neste momento registra 13,5 milhões de infecções.
Sputnik

Dr. Anthony Fauci, membro da força-tarefa contra COVID-19 dos EUA, afirmou que existe a possibilidade de que a pandemia de coronavírus possa atingir os níveis da gripe espanhola de 1918, informou a emissora CNN, citando os comentários de terça-feira (14) do alto responsável durante o evento on-line da Iniciativa Global de Saúde da Universidade de Georgetown, EUA.

"Se você olhar para a magnitude da pandemia de 1918, onde de 50 milhões [...] a 100 milhões de pessoas morreram globalmente, essa foi a mãe de todas as pandemias, e verdadeiramente histórica", teria dito Fauci, que também é diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID, na sigla em inglês) dos EUA.

"Espero que não nos aproximemos disso com isto, mas há a possibilidade de [...] seriamente ficarmos perto disso."

Chamando a crise do coronavírus de "pandemia de proporções históricas", Fauci acrescentou que os estados do sul e sudoeste dos Estados Unidos eram os únicos a ser observados de perto agora devido a um ressurgimento de casos após um recente fim das restrições relacionadas ao coronavírus.

"Eles estão vendo um número recorde de casos, na maioria, interessantemente, entre indivíduos jovens", disse Fauci, se referindo particularmente aos estados da Califórnia, Flórida, Arizona e Texas, de acordo com a mídia.

"Indivíduos, em sua maioria jovens, foram vistos em bares reunidos em lugares lotados, muitos deles sem máscaras, o que realmente acrescenta pólvora à questão", relatou Anthony Fauci.

O membro da força-tarefa contra coronavírus discordou anteriormente do presidente norte-americano Donald Trump em relação ao tratamento da pandemia do coronavírus, observando que os EUA não estavam "indo muito bem" em relação aos números da COVID-19.

De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, EUA, na quarta-feira (15) existiam 13,3 milhões de casos de infecção pelo coronavírus registrados no mundo, que resultaram em mais de 579 mil mortes, das quais 136.493 ocorreram somente nos Estados Unidos.

A pandemia de influenzavírus A de 1918 infectou cerca de 500 milhões de pessoas, um terço da população mundial na época. Estima-se que o número de mortos tenha ficado entre 17 milhões e 100 milhões.

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