Países Baixos vão abrir ação judicial contra Rússia em relação à queda do MH17

A notícia surge após o Ministério Público holandês concordar em adiar as audiências de setembro a outubro deste ano para fevereiro e março de 2021 depois de pedido de advogados e representantes das vítimas.
Sputnik

Países Baixos planejam abrir uma ação judicial contra a Rússia no Tribunal Europeu de Direitos Humanos (ECHR, na sigla em inglês) em relação à queda do voo MH17, segundo o ministro das Relações Exteriores holandês, Stef Blok.

A declaração surgiu no momento em que o tribunal holandês, que organiza as audiências públicas no Complexo Judicial de Schiphol, recusou um pedido da defesa para solicitar à OTAN dados de satélite sobre a queda do avião.

De acordo com os juízes, as informações do Sistema Aéreo de Alerta e Controle (AWACS, na sigla em inglês) "não forneceram à investigação quaisquer dados relevantes".

Anteriormente, Ucrânia também não conseguiu apresentar dados de radar sobre a queda do avião comercial, afirmando que "o radar não estava operando naquele momento".

No início de junho, o procurador holandês Thijs Berger, informou que dados de radar não confirmaram a presença de caça ou míssil no momento da queda do Boeing malaio do voo MH17 dizendo que as informações de radares civis e militares da Ucrânia deram resultados limitados sobre o incidente e que foram também tidos em consideração os dados de radar russos.

O julgamento sobre a queda do voo MH17 da Malaysia Airlines teve início nos Países Baixos em 9 de março deste ano para tentar esclarecer as causas e encontrar os responsáveis.

Tragédia do voo MH17

O avião que fazia o voo MH17 da Malaysia Airlines, entre Amsterdã e Kuala Lumpur, foi abatido em 17 de julho de 2014 sobre uma zona do leste da Ucrânia mergulhada em um conflito civil, na sequência do golpe de Estado em Kiev em fevereiro de 2014.

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