Exército dos EUA usará sensores espaciais para aumentar alcance de canhões em terra

O Exército dos EUA está a caminho de usar sensores espaciais para auxiliar sua artilharia a observar seus inimigos e disparar além de sua capacidade atual.
Sputnik

O Exército já concluiu uma das etapas para alcançar esta capacidade, conforme relatou a jornalistas o general Mike Murray do Comando de Futuros do Exército, revela o portal C4ISRNET. Murray estava discutindo como ocorreria a modernização do Exército apesar das medidas de isolamento contra o coronavírus.

O Exército continuará desenvolvendo estas capacidades para auxiliar canhões terrestres a atingir alvos a longas distâncias, afirmou ao portal militar um porta-voz do Exército.

Ao longo de demonstrações realizadas em Grafenwoehr, na Alemanha, a equipe "identificou e atingiu seus alvos com sucesso a uma distância além da linha de visão usando capacidades de satélite que não eram acessíveis a forças terrestres até o momento", comenta o porta-voz.

Além disso, segundo o militar, o exercício demonstrou a "capacidade do Exército de se envolver e derrotar alvos sensíveis ao tempo com disparos rápidos e exatos em qualquer lugar do campo de batalha".

Exército dos EUA usará sensores espaciais para aumentar alcance de canhões em terra

Estes sensores podem auxiliar a guiar mísseis e munições até alvos distantes no campo de batalha. Esta precisão é essencial para que os futuros Disparos de Precisão de Longa Distância (LRPF, na sigla em inglês) operem em múltiplos domínios. Porém, atingir estas distâncias requer conectar sensores e disparadores que nunca funcionaram conjuntamente.

LRPF são a prioridade de modernização do Exército dos EUA, representando um papel crítico no campo de batalha futuro, e serão uma peça central na doutrina militar operacional norte-americana em desenvolvimento, segundo o porta-voz.

A equipe por trás dos LRPT continuará buscando um alcance maior para os disparos do que era permitido pelo Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, do qual os EUA se retiraram em 2019.

As demonstrações na Europa permitiram observar as capacidades atuais e "sua possibilidade de conectar em novas formas para prover uma capacidade até o nível operacional de combate de divisão", esclareceu o porta-voz.

Originalmente, antes da pandemia, o Exército norte-americano planejou desenvolver estas capacidades ao longo dos exercícios militares Defensor da Europa 2020, através de sensores espaciais para alcançar alvos distantes que "não eram alcançáveis por forças terrestres até o momento", garante o porta-voz, que agrega que o Exército planeja começar a integrar o sistema com plataformas de aviação.

Para o militar, essas demonstrações se transformam em uma "estratégia operacional multidomínio para o processo de aquisição de alvos".

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