As paralisações em todo o mundo acabaram com centenas de milhões de empregos e as principais economias da Europa sofrerão queda na escala de dois dígitos, avisa o relatório. As perspectivas são de "incerteza generalizada", em função da imprevisibilidade do vírus.
"A pandemia da COVID-19 teve um impacto mais negativo na atividade no primeiro semestre de 2020 do que o previsto, e a recuperação é projetada para ser mais gradual do que o previsto anteriormente", alertou o fundo.
Embora as empresas estejam reabrindo em muitos países e a China tenha tido uma recuperação maior do que o esperado, uma segunda onda de infecções ameaça a recuperação, alertou o documento.
Espera-se que o PIB mundial recupere apenas 5,4% em 2021, e somente se tudo correr bem, concluiu a organização internacional.
A economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, disse que a crise provocará perdas no valor de US$ 12 trilhões (R$ 62,7 trilhões) em dois anos.
"O apoio conjunto substancial da política fiscal e monetária deve continuar por enquanto", disse a economista, citada pela AFP.
A crise afetará de forma mais forte os países e famílias de baixa renda e já ameaça colocar em risco o progresso alcançado na redução da pobreza extrema.
Segundo o FMI, a Organização Internacional do Trabalho estima que mais de 300 milhões de empregos foram perdidos no mundo todo no segundo trimestre de 2020.