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Investigado, Weintraub diz que não quer briga e sairá do país em breve, mas alerta: 'Não provoquem'

Embora ainda seja investigado em inquérito que apura ataques ao STF, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub disse nesta sexta-feira (19) que sairá do Brasil "o mais rápido possível".
Sputnik

Por meio do Twitter, ele afirmou também que isso aconteceria em "poucos dias". Weintraub disse ainda que deseja "ficar quieto" e não quer "brigar" com ninguém no momento, mas fez um alerta: "Não me provoquem!". Segundo o ex-ministro, a mensagem era destinada "à tigrada e aos gatos angorás". 

Após muita especulação sobre sua saída do governo, Weintraub anunciou em um vídeo divulgado na quinta-feira (18), no qual aparece ao lado do presidente Jair Bolsonaro, que estava deixando o cargo, que ocupou durante um ano e dois meses. 

​O governo infirmou que ele ocupará cargo no Banco Mundial, em Washington. A entidade, por sua vez, confirmou que recebeu a indicação de Weintraub, mas sua nomeação ainda terá que ser aprovada. O nome do novo ministro da Educação ainda não foi anunciado. 

Usina de polêmicas

O período em que chefiou a pasta da Educação foi marcado por polêmicas e crises, como por exemplo críticas à China e os erros na correção das provas do Enem do ano passado. Mas o que tornou sua situação muito difícil no cargo foram suas declarações na reunião ministerial de 22 de abril, quando defendeu a prisão de juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) e os chamou de "vagabundos". 

As ofensas levaram Weintraub a ser incluído no inquérito do Supremo que investiga a disseminação de notícias falsas e ofensas contra ministros da Corte. O ministro da Justiça, André Mendonça, recorreu de sua inclusão no inquérito, mas o STF rejeitou o pedido. 

Extinção de cotas como último ato

No último domingo (14), ainda no governo, Weintraub compareceu a uma manifestação em Brasília contra os ministros do Supremo, sendo criticado até mesmo por Bolsonaro. 

Como uma de suas últimas medidas à frente do Ministério da Educação, ele extinguiu cotas para negros, pardos, indígenas e pessoas com deficiência em programas de pós-graduação em universidades e institutos federais.

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