Por que avião norte-americano da Guerra Fria nunca foi usado para atacar URSS?

O caça Lockeed F-117 Nightwalk, a primeira aeronave operacional a ser desenhada com tecnologia furtiva, realizou seu primeira voo em 1981 e, desde então, foi usada em vários conflitos.
Sputnik

Em um artigo para o portal Verge publicado nesta quarta-feira (17), o editor da Warzone, Tyler Rogoway, descreveu o caça F-117 como uma aeronave que "poderia executar ataques nucleares contra a União Soviética".

Rogoway recordou que a aeronave, que está fora de serviço desde 2008, foi projetada para carregar bombas nucleares "e a Força Aérea [dos EUA] não o esqueceu durante os anos finais da Guerra Fria".

O autor descreveu a aeronave como "uma terrível plataforma nuclear para os soviéticos enfrentarem", se referindo às suas avançadas especificações técnicas, que poderiam ajudar a penetrar nos escudos de defesa inimigos.

Por que avião norte-americano da Guerra Fria nunca foi usado para atacar URSS?

Se referindo à URSS, Rogoway afirmou que "quando se fala sobre o sistema de defesa aérea do urso russo, profundamente enraizado na Europa Oriental, as chances do caça F-117 de alcançar seu alvo seriam muito maiores que outros caças táticos da Força Aérea na época".

Em termos de uso da aeronave "nas linhas de frente da Guerra Fria como meio de dissuasão nuclear", a maior questão era o profundo segredo em volta da própria existência do avião "e, até mesmo sua configuração e capacidades gerais", de acordo com o autor.

"De repente, enviar os F-117 ao exterior, até mesmo em pequenos grupos, teria anulado todo o trabalho que tinha sido feito e continuado a ser feito para mantê-lo em segredo", apontou Rogoway.

O analista chamou as capacidades nucleares do caça de "bem reais", algo que considera "foi mantido em grande parte em reserva na Guerra Fria".

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