Invasão da Rússia pela OTAN é possível, mesmo sendo pouco provável, explica revista americana

Hipótese de a OTAN atacar a Rússia parecerá descabida à maioria dos norte-americanos, mas os russos têm motivos históricos para temer uma invasão do Ocidente, sugere National Interest.
Sputnik

Na realidade, e ao longo dos últimos séculos, a Rússia tem sido repetidamente invadida por potências como a Polónia, Suécia, França e Alemanha.

Reforço da OTAN na fronteira ocidental russa

Segundo informa a revista norte-americana The National Interest (NI), a mídia russa relatou recentemente um reforço a nível de tropas blindadas na estratégica fronteira ocidental do país.

A NI relembra as afirmações do ministro da Defesa russo em como a direção estratégica ocidental continua sob a maior ameaça para a segurança militar da Rússia, pelo que está prevista a adoção de uma complexa série de medidas para neutralizar as potenciais ameaças, nomeadamente a nível de tanques, veículos blindados e sistemas de defesa antiaérea.

Segundo a NI, a Rússia tem registrado repetidamente um alto nível de atividade militar dos EUA e seus aliados da OTAN perto das fronteiras russas, que considera se revestirem de um cunho nitidamente antirrusso.

O que a história nos mostra

Embora a ideia de a OTAN poder atacar a Rússia possa parecer um cenário inverosímil, o fato é que a Rússia, ao longo dos últimos séculos, tem sido repetidamente invadida por potências como a Polónia, Suécia, França e Alemanha.

Invasão da Rússia pela OTAN é possível, mesmo sendo pouco provável, explica revista americana

Os Estados Unidos também participaram do que poderia ser visto como uma espécie de "invasão", quando tropas foram enviadas para a Rússia durante a Guerra Civil no país em 1918 e, ao invés de lutarem contra os alemães, os soldados norte-americanos se viram combatendo as forças bolcheviques.

Duas décadas depois, a Alemanha nazista invadiu a União Soviética e mergulhou profundamente na "Mãe Rússia", sitiando Leningrado e quase alcançando Moscou, antes de ser travada em Stalingrado, relembra a NI.

Após o fim da Guerra Fria e a dissolução da União Soviética, a Rússia está indiscutivelmente mais vulnerável, enquanto muitos de seus antigos aliados da era comunista – incluindo a Polônia, Hungria e Romênia, juntamente com as repúblicas Tcheca e Eslovaca – são agora membros da OTAN.

Assim, não é surpreendente que a Rússia melhore suas frotas navais e realize manobras e exercícios militares regulares, ao mesmo tempo que desenvolve novos equipamentos, como seu tanque T-14 Armata e seus mísseis submarinos hipersônicos.

Tais equipamentos militares poderiam ser vistos não pela sua capacidade ofensiva, mas sim como meios dissuasores para garantir que a Rússia não enfrente mais uma invasão do Ocidente, conclui a National Interest.

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