Justiça holandesa: dados não confirmaram presença de caça ou míssil durante queda do voo MH17

Dados de radar não confirmaram a presença de caça ou míssil no momento da queda do Boeing malaio do voo MH17 no leste da Ucrânia em 2014, segundo o procurador holandês Thijs Berger.
Sputnik

Ontem (8) no complexo judicial de Schiphol aconteceu mais uma audiência sobre a queda do voo MH17 da Malaysia Airlines. Na audiência, o procurador holandês declarou que a investigação dos dados de radar tinha terminado.

Logo em seguida, Berger afirmou que os dados de radares civis e militares da Ucrânia deram resultados limitados sobre o incidente e que foram também tidos em consideração os dados de radar russos.

Contudo, segundo Berger, levando em consideração a opinião de especialistas em defesa, a ausência de dados de radar quanto à presença de um míssil Buk (que teria derrubado a aeronave), pode ter várias explicações.

"O fato de os radares não terem detectado não significa que não havia lá um míssil. A Almaz-Antei [empresa russa do setor de defesa] e o Ministério da Defesa da Rússia, ao contrário, consideram que a ausência de detecção prova que não havia míssil", acrescentou.

Investigações

O julgamento sobre a queda do voo MH17 da Malaysia Airlines teve início nos Países Baixos em 9 de março deste ano para tentar esclarecer as causas e encontrar os responsáveis.

A investigação internacional conjunta, que não aceitou a participação da Rússia, é encabeçada pela Procuradoria Geral dos Países Baixos.

De acordo com a conclusão prévia das investigações, o Boeing 777, que voava de Amsterdã, Países Baixos, com destino a Kuala Lumpur, Indonésia, teria sido derrubado em 17 de julho de 2014 por um míssil antiaéreo Buk, supostamente pertencente às Forças Armadas russas.

Porém, a Rússia já apresentou dados de radar e documentos que provam que o míssil em questão pertencia à Ucrânia e estava sob controle de Kiev. Por sua vez, tal informação não foi considerada pelos investigadores.

Comentar