Estudo revela grupo sanguíneo mais resistente ao coronavírus

Contudo, o estudo em questão ainda não foi amplamente revisado pela comunidade científica para atestar seus dados.
Sputnik

Um grupo internacional de pesquisadores sugere que susceptibilidade à insuficiência respiratória causada pela COVID-19 poderia depender do grupo sanguíneo da pessoa infectada, de acordo com um novo estudo publicado nesta quarta-feira (4) no servidor de pré-impressão medRxiv.

Mais de 120 pesquisadores de diferentes universidades europeias levaram a cabo o primeiro estudo de associação do genoma completo para averiguar quais fatores podem contribuir ao desenvolvimento da insuficiência respiratória em alguns pacientes com COVID-19.

Para tal, os pesquisadores escolheram 1.980 pessoas contagiadas com o coronavírus que desenvolveram insuficiência respiratória em cinco cidades da Espanha e Itália e analisaram mais de 8,5 milhões de variações na estrutura de seus genes.

Estudo revela grupo sanguíneo mais resistente ao coronavírus

Como resultado, os cientistas detectaram uma associação de replicação cruzada entre os SNP – polimorfismo de nucleotídeo único, uma variação na sequência de DNA que afeta somente uma base de sequência do genoma – no cromossoma 3 e o cromossoma 9.

Em particular, no cromossoma 3p21 foi identificado um grupo de genes que poderia ser relevante para o desenvolvimento da COVID-19 grave. Um destes genes, o SLC6A20, codifica uma proteína transportadora que interatua com a enzima de conversão da angiotensina 2 (ACE2), o receptor através do qual ingressa nas células o SARS-CoV-2, revela o portal Medical News.

Um SNP principal também foi identificado no cromossoma 9 no locus do grupo sanguíneo ABO, e uma análise posterior mostrou que os pacientes com A+ têm um risco 45% maior de insuficiência respiratória, enquanto que os indivíduos com o grupo sanguíneo O têm um risco 35% menor de insuficiência respiratória.

Contudo, é necessário considerar que o estudo em questão ainda não foi revisado por especialistas independentes e editores de revistas científicas, portanto, estas conclusões devem ser tomadas com cautela.

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